quarta-feira, 26 de maio de 2010

Formação dos Multiplicadores UCA

Segunda-feira iniciamos a formação dos multiplicadores (NTE/NTM) designados para o programa Um Computador por Aluno (UCA), em Pernambuco. A nossa estratégia inicial foi deixar que eles experimentassem o computador por uma hora, sem dicas ou orientações. A reação foi muito positiva, todos tinham uma expectativa bem menor e se surpreenderam com o "ukinha". Discutimos os conteúdos da formação dos professores e a nossa estratégia de abordagem. Ficou claro para todos que a aproximação e sedução do professorado vai ser muito mais importante do que qualquer conteúdo formal. A grande vantagem em trabalhar com os multiplicadores, é que eles conhecem muito bem a realidade das escolas e a atitude dos professores diante da tecnologia. Não precisamos começar do zero para bolar um plano infalível do Cebolinha, precisamos apenas conversar e trocar ideias. Como diria meu tio Foucault, a introdução de tecnologia como sinônimo de acesso à informação envolve uma séria disputa de poder. Não se enganem com o mantra do professor resistente, isso é um mito muito bem construído ao longo do tempo para manter o uso das tecnologias digitais longe das escolas. O programa um computador por aluno envolve muito mais do que a imersão tecnológica, ele propõe uma mudança no poder porque os equipamentos estarão nas mãos dos alunos e não dos professores/gestores. Todos estão preocupados com as questões operacionais (defeitos, regras de uso, programas etc) e não temos as respostas prontas, precisamos encontrar consenso em quase tudo. Só não abrimos mão da concepção do computador para o aluno. Qualquer mudança no objetivo fim do projeto é inegociável, e é exatamente aí que o bicho vai pegar...

2 comentários:

Ronaldo Costa disse...

Gostei muito das suas reflexões é bem oportuna as suas colocações a respeito das relações de poder,as resistencias por parte de alguns professores as vezes desanima, mas prossiga quebrando esse paradigma. sucesso

Ana disse...

Ronaldo,

Vamos buscando caminhos viáveis para a implementação de projetos desta natureza nas escolas. Se nada der certo, garantimos a inclusão digital dos alunos, já que eles aproveitam muito bem as oportunidades que surgem no sistema.

Abraços,

Ana

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