quarta-feira, 2 de junho de 2021

Viva o SUS e vacina para todos!


 Hoje foi dia de tomar a primeira dose da vacina Astrazeneca, mas isso só foi possível porque os professores do ensino superior foram incluídos no plano de vacinação. Eu não tinha nenhuma esperança de receber a vacina tão cedo, aqui na minha cidade o grupo prioritário por faixa etária está parado nos 60 anos há dois meses! Como a minha comorbidade (asma) não é considerada grave o suficiente para me classificar no grupo de comorbidades, a minha expectativa foi empurrada para 2022. Com a decisão de incluir os professores das universidades, veio também a loucura da burocracia: só seria possível tomar a vacina com uma declaração no modelo estabelecido pela Secretaria de Saúde do Recife que deveria ser assinada por dirigentes da instituição. Sinceramente, eu não faço ideia de como a UFPE conseguiu organizar essa papelada tão rapidamente, mas sou muito grata a todos que se empenharam para agilizar o processo. Agendei a vacina e hoje fui até o posto de vacinação que fica na própria universidade. A fila era longa, mas foi tudo muito rápido, não demorei nem meia hora entre a minha chegada ao posto e a aplicação da vacina. As enfermeiras e técnicas que me atenderam foram ótimas, mostraram o frasco, a seringa, a quantidade de líquido no êmbolo (5ml) e a seringa vazia. Foram rápidas, prestativas e eficientes! Vejo muitas muitos registros do momento de vacinação nas redes sociais e acredito que não podemos inviabilizar essas pessoas que estão na linha de frente, executando uma política de saúde fundamental para a sobrevivência das pessoas: obrigada, Mirelle Pereira, profissional que me vacinou! Ela me entregou o cartão com o prazo para a segunda dose (85 dias), recomendou compressa de água fria no local e explicou que será necessário fazer o agendamento novamente no aplicativo. 

Pensei em várias coisas durante o processo de vacinação, vislumbrei novamente a importância do SUS, tão criticado por quem não usa e tão necessário para tantas pessoas, vi o esforço das pessoas que estão ali em condições de trabalho improvisadas (cadeiras de plástico, tendas etc) e a mistura de sentimentos foi grande. Senti alívio em conseguir ser vacinada, senti esperança em ter a vida de volta um dia, senti uma revolta imensa por tantas vidas perdidas e ódio por ter um governo genocida que não foi capaz de providenciar vacina para todos. Atualmente eu não consigo viver, eu apenas resisto aos fascistas que querem nos matar e continuo acreditando que eles não passarão! Viva o SUS e vacina para todos!!!

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