sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Fórum Social e a Formação de Redes

Um dos aspectos mais importantes para a formação de professores no curso de Licenciatura em Geografia a distância, é a construção do conceito de rede de informação, elemento fundamental para a sociedade informacional. A rede vem sendo utilizada por grupos que não conseguem espaço nos veículos de transmissão de informação institucionais, e até agora vem servindo com eficiência na divulgação de idéias, como instrumento de denúncias e como agregador de pessoas interessadas em contribuir com determinados assuntos. Na última quinta-feira, foi divulgado no Fórum Social Mundial que está acontecendo em Belém, um instrumento bem interessante de informação e controle da realidade dos municípios brasileiros. É o Portal ODM, Acompanhamento Municipal dos Objetivos do Milênio, que apresenta informações detalhadas sobre indicadores do município em relação aos objetivos (saúde, educação, meio-ambiente, redução da mortalidade infantil,igualdade entre os sexos e valorização da mulher etc), no formato de relatórios dinâmicos. São dados de diversos órgãos governamentais (MEC, Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e do Emprego, Atlas do Desenvolvimento Humano), só que organizados de forma clara e com foco nos indicadores de desenvolvimento humano. Sem dúvida, uma ferramenta poderosa não apenas para os professores de Geografia que podem acessar dados sobre o seu município, mas para qualquer cidadão que queira exercer sua cidadania no sentido pleno da palavra.


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Debategraph


Já faz um tempinho que faço parte de várias listas, mas só neste período de férias tive oportunidade de ler com calma as mensagens e pesquisar os materiais indicados pelos participantes. Através da Edublogosfera e da Bárbara, descobri o Debategraph, uma ferramenta muito interessante com elementos de mapas conceituais, fórum, wiki e uma animação bem legal. Diferente dos mapas conceituais, ela permite uma interação motivada pelo debate sobre um determinado assunto, tanto que o tema do mapa que abre o site é a crise na faixa de Gaza. Fiz alguns testes e ele pode ser inserido no Moodle, permitindo várias possibilidades no uso educativo. Ainda estou experimentando, elaborei um mapa sobre Educação a Distância e vou utilizar neste semestre como ferramenta de atividades (clique nos círculos para ver a animação). Apenas um detalhe atrapalha, o site é em inglês, sorry... (nem tudo é perfeito!).

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Tendências para o Futuro

Aproveitei a parada estratégica das férias para colocar em dia as informações sobre o uso das novas tecnologias na rede. Difícil é dar conta de ler tudo, acompanhar os streams do Campus Party, ler as notícias sobre Obama e ainda encontrar forças para voltar para um artigo chato de doer que estou escrevendo para minha avaliação do doutorado (e que nem eu estou aguentando ler, zzzzzz...). Então, diretamente das listas e das dicas de outros blogs, compartilho aqui o que tem de interessante na matrix para nós:


1. O e-book Educating the Net Generation de Oblinger & Oblinger (2005), especialmente os capítulos 4, 7, 12 e 13. Algumas de nossas inquietações relacionadas com o uso da tecnologia estão bem trabalhadas neste texto colaborativo. Duas questões chamam a atenção: a tecnologia é invisível para quem já nasceu em seu contexto, não existe o uso de "tecnologias" para a geração digital e as relações sociais são reforçadas com o uso das TIC´s, e não prejudicadas.


2. The Horizon Report 2009, um relatório de pesquisa sobre as tendências das tecnologias na aprendizagem nos próximos anos. Vejam só que interessante esta passagem do texto:


Alunos são diferentes, mas a maior parte do material educacional, não. As escolas continuam usando materiais desenvolvidos décadas atrás, mas hoje os estudantes chegam a escola com experiências muito diferentes do que há 20 ou 30 anos atrás, e pensam e trabalham muito diferente também. As instituições precisam se adaptar as necessidades dos estudantes atuais e identificar novo modelos de aprendizagem que envolvam as novas gerações. A avaliação, de igual modo, não avançou com os novos modelos de trabalho e precisa mudar de forma conjunta com os métodos de ensinar, ferramentas e materiais(Horizon Report, 2009, p.6).


O relatório enfatiza o incremento da tecnologia móvel como um diferencial para o uso das tecnologias na aprendizagem, construindo o conceito de portabilidade da informação. É interessante, porque a expressão portabilidade está sendo usada hoje como uma possibilidade de permitir ao usuário, transitar com elementos que antes eram fixos (número do celular vinculado à operadora, carência do plano de saúde, etc). A idéia da portabilidade das informações relacionadas com a aprendizagem formal, é bem interessante.


3. Para quem anda irritado com as mudanças no idioma de Camões, Saramago e nosso também, existe um site chamado Ortografa! para o escritor desesperado que formata o texto com as novas orientações baixadas através de decreto e acordos internacionais (saudade dos velhos tempos quando vosmecê virou você apenas pelo uso da linguagem de forma espontânea... Ei, eu não sou tão velha assim, eu ouvi dizer que a história da palavra é essa!).

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Besouro, o Filme

Está sendo filmado Besouro, uma superprodução brasileira de João Daniel Tikhomiroff, em co-produção com a Mixer da Globo Filmes e Buena Vista, sobre o lendário capoeirista Besouro Mangangá. A história é uma adaptação livre das aventuras do capoeirista que viveu na Bahia nos anos 20, e tornou-se um ícone da luta dos negros recém-libertos da escravidão contra a pobreza, o preconceito e a exploração de sua mão-de-obra. A idéia do filme já é por si só muito bonita, mas o mais interessante é a forma de divulgação e captação de recursos do filme. Para começar, fizeram um blog muito interessante para contar os detalhes da produção, relatando as estratégias e métodos de realização do filme e divulgando fotos com belas imagens das locações na Chapada Diamantina e no Recôncavo Baiano. Foi divulgado um vídeo no You Tube (em inglês chamado Beetle The Movie, que só me faz lembrar do carro), com o objetivo de captar recursos para a produção. O vídeo, de dois minutos, revela um pouco da mirabolante coreografia de lutas do filme, em que os personagens literalmente voam em cena, sustentados por cabos, guindastes e outras técnicas inéditas no cinema brasileiro, apresentado sem edição final e efeitos especiais. Para vocês terem uma idéia do tamanho da superprodução, o coordenador das cenas de ação é o chinês Huen Chiu-Ku, de filmes como o Tigre e o Dragão e Kill Bill, e o diretor de fotografia é o equatoriano Enrique Chediak, vencedor do prêmio de melhor fotografia em Sundance pelo filme "Hurricane Streets", de Morgam J. Freeman. Só pela qualidade das imagens e o modus operandis da produção, já dá vontade de comprar a pipoca e sentar na primeira fila!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Museu do Prado e o Google Earth

No final do ano passado, eu participei de uma reunião da UAB onde estavam reunidos os coordenadores dos cursos de Licenciatura em Geografia, História, Filosofia, Artes e Teatro a distância.O objetivo desta reunião, era discutir as especificidades dos cursos e as necessidades de adequação para a melhoria da qualidade. Os professores do curso de Artes reivindicaram viagens para os alunos frequentarem os museus, partindo da premissa que a observação in loco é fundamental no curso. Eu acredito que visitar museus é fundamental para qualquer professor, não apenas o de Artes já que a experiência é impactante e pode ser transmitida para os alunos nem que seja apenas um relato de amor à arte. Entre os anos de 98 e 2002, o Rio de Janeiro foi palco de inúmeras exposições fantásticas, Rodin, Botero, Miró, Picasso, Dalí, e tive a oportunidade de levar vários alunos para viver esta experiência, mas esta oportunidade acontece apenas nos grandes centros urbanos. Um dos aspectos mais fascinantes da Internet é a possibilidade de acesso aos diversos museus do mundo, uma consulta que não substitui a presença física, mas permite uma acessibilidade que nem os livros de artes (caros demais) podem proporcionar. Assim, fiquei perplexa com a reivindicação tão enfática dos professores de Artes, como se o uso da rede não possibilitasse o acesso dos alunos, ainda mais considerando que é um curso a distância. Afinal, quantas pessoas tem a oportunidade de visitar o Louvre? Fiquei entusiasmada quando li que o Museu do Prado , em Madrid, deu início a um projeto inovador, em parceria com o Google, através do qual será possível contemplar 15 obras-primas da coleção da pinacoteca espanhola em altíssima resolução na internet.Segundo a reportagem publicada no jornal O Globo, na última terça-feira, a iniciativa, batizada "Obras-primas do Prado no Google Earth", permitirá que se percebam detalhes dos quadros que o olho humano não pode perceber. A seleção foi feita de modo a incluir obras consideradas imprescindíveis do ponto de vista didático e que representam as escolas presentes na coleção do museu, de acordo com o diretor do Prado, Miguel Zugaza. Apesar das imagens não substituírem a experiência de se ver as obras ao vivo, "o nível de excelência do trabalho leva as obras a um nível universal e permite que se chegue a detalhes inalcançáveis a olho nu", afirma Zugaza. O diretor do Prado defende ainda que não há melhor maneira de render tributo aos mestres da arte do que universalizar suas obras.A precisão das imagens permite "observar até mesmo detalhes das restaurações, assim como experimentar um prazer extraordinário de contemplar cada um dos fragmentos de uma obra da complexidade de um 'Jardim das Delícias'" diz Zugaza. O projeto, único no mundo, como recorda Javier Rodríguez Zapatero, diretor do Google Espanha, "é um avanço a mais na democratização do acesso a informação e cultura, neste caso levando a arte a todo o mundo". A iniciativa não teve nenhum custo para o Museu e pode ser ampliada dependendo da acolhida que tiver. Ela permite que se vejam as imagens com uma precisão 1.400 vezes superior a que se teria com uma câmera digital de 10 megapixels. Ou seja, a compreensão das possibilidades de uso da Internet nem sempre dependem de uma solução tecnológica retumbante, mas sim de uma preocupação com o acesso e disseminação da informação para todos.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Blogs.com

Encontrei na rede algumas informações sobre o livro "Blogs.com. Estudos sobre blogs e comunicação" (SP, Momento editorial, 2009), organizado por Adriana Amaral, Raquel Recuero e Sandra Montardo, com uma coletânea de artigos sobre o uso de blogs. Fiquei surpresa porque o livro será lançado em versão eletrônica sob licença Creative Commons, na Campus Party em São Paulo. É interessante porque espaços como Campus Party, Fisl, entre outros, sempre foram eventos organizados pelo pessoal mais anárquico, que buscava quebrar completamente as bases que sustentam a propriedade de informação em nossa sociedade. Felizmente, estes grupos conseguiram se estruturar enquanto movimento e fizeram o caminho inverso, trazendo segmentos mais "quadrados" e pouco flexíveis para os seus espaços de discussão.Um movimento semelhante também está acontecendo com os blogs, já participei de debates sobre a categoria blog como algo inferior, passageiro e sem credibilidade, principalmente de jornalistas vinculados aos grandes veículos de comunicação. Hoje, vejo o movimento inverso, vários jornalistas mantém os seus blogs como uma tentativa de estar inserido em um perfil de leitor que busca muito mais do que só um lado da informação. Assim, lançar um livro acadêmico em um evento como o Campus Party, com versão eletrônica em Creative Commons, é bom demais porque dissemina uma tendência de compartilhamento, tão pouco praticada entres nós. Eu já tinha visto experiências similares em Portugal e no México, mas não conhecia uma experiência aqui no Brasil. O livro, em versão digital, estará disponível em breve no site http://www. sobreblogs. com.

Twitter na Educação: uma questão de tempo?

Semana passada eu recebi um pedido, via lista, para responder um questionário da pesquisa da Prof. Raquel Recuero e Gabriela Zago sobre o uso do Twitter como ferramenta. O formulário é bem bacaninha (feito no Google Docs) e as solicitações de participação que eu recebi vieram de três listas diferentes, o que mostra que a rede realmente pode agregar quando "aperta os seus nós". Eu fiquei surpresa com o assunto da pesquisa porque mal consigo me recuperar do Google Talk ou do MSN e já temos pessoas pesquisando o Twitter, que é uma ferramenta nova. Eu relutei em usar o Twitter no começo, não compreendia muito bem a sua funcionalidade. Depois que eu passei a "seguir" blogs de notícias e outras coisitas más, coloquei o Twitter no meu Mozilla e minha vida mudou... Tá, não mudou, mas facilitou. Eu acabei pedindo socorro para Suzana (que tem um blog lindinho) e coloquei um link bem fofinho do meu Twitter aqui no blog. No meu caso, eu uso o Twitter como um resumo das notícias e das informações que eu quero acessar, sem precisar ficar procurando na rede. Carregar as inúmeras páginas dá trabalho e abrir e-mail também, assim o Twitter acaba sendo um híbrido disso tudo. Sem falar no aspecto pessoal, é uma mistura do MSN e Google Talk só que assíncrono! Assim, você recebe a informação, absolutamente casual ou não, e acessa se quiser ler, caso contrário, é só ignorar. Afinal, nada é mais irritante do que estar trabalhando na Internet e ser atacado por uma turba ensandecida que chama a sua atenção só para dizer oi! Assim, achei bem interessante que as pessoas já estejam pesquisando essas novidades e quebrando a cabeça para usar o Twitter com objetivos educacionais. Já existe o edmodo, uma espécie de twitter educacional que permite que o professor envie twittadas diretamente para o aluno, e podemos encontrar vários relatos das experiências de professores que usam o Twitter com seus alunos. Mas o mais interessante disso tudo é que a cada dia surgem novas ferramentas e os professores através de redes (ou não), buscam se apropriar das inovações tecnológicas em favor da educação. Este processo é mais revolucionário e transformador do que qualquer TIC, NTIC, TDIC,(ou qualquer outra sigla) que possa surgir.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A Aprendizagem em Ambientes Virtuais


Durante este curto período de férias, aproveitei para fazer algumas leituras e buscas na rede sobre a questão do uso da tecnologia na aprendizagem. A dificuldade de aprendizagem dos alunos nos ambientes virtuais vem me inquietando bastante, principalmente porque eu não vejo muitas alternativas promissoras. Ao final de cada semestre, realizamos pesquisas com os alunos buscando pistas sobre os obstáculos que eles encontram durante o processo. Os resultados não são conclusivos e as respostas não nos dizem o que precisamos saber. Acredito que isso aconteça pelo fato de que os alunos ainda não consigam verbalizar as suas dificuldades (em relação ao uso das tecnologias) com clareza. Ainda existe muita confusão entre as dimensões pedagógicas do ensino presencial e a modalidade a distância. Sabemos que a ausência da cultura digital é um obstáculo no processo, mas será que estamos apresentando as ferramentas com a estrutura correta? Os ambientes virtuais de aprendizagem são um instrumento essencial, mas não estaremos fazendo o ambiente um fim em si mesmo? Quero dizer, será que o usamos apenas como um repositório de dados, ao invés de potencializar seu uso como um ambiente de criação e interação? Encontrei esta imagem sobre a evolução das mídias no blog do meu colega Cristóbal Cobo, e penso que ainda usamos o ambiente virtual no primeiro estágio, com algum envolvimento do aluno nos momentos de avaliação (que acaba não sendo um envolvimento espontâneo e sim coercitivo). Estou lendo o livro Buenas Prácticas de e-learning, organizado por Ana Landeta Etxeberría, da UDIMA (Universidad a Distancia de Madrid). São textos de vários autores e selecionei dois capítulos especialmente interessantes. Tenho refletido muito sobre o uso da tecnologia móvel na educação a distância e acredito que ela poderá ser um elemento diferenciador na aprendizagem, mas é preciso pensar em uma estratégia tanto tecnológica quanto pedagógica para colocar esta idéia em prática. Mas isso já é assunto para outro post.


Cap. 9 – E-Learning 2.0
Cap.17-Virtual Mobility: an Innovative Alternative for Physical Mobility?

sábado, 3 de janeiro de 2009

A Educação a Distância na Perspectiva dos Estudos Culturais

O objeto do meu trabalho é a Educação a Distância na perspectiva dos estudos culturais, buscando compreender a subjetividade e as relações de poder que envolvem o uso da tecnologia na educação. Estou construindo o percurso de implementação do pró-Licenciatura, programa governamental da SEED/MEC para formar professores em cursos de Licenciatura a distância. Na análise dos documentos, venho observando a preocupação principal com a disseminação do uso das ferramentas tecnológicas entre os professores da educação básica na rede pública. O uso da modalidade a distância pressupõe o uso maciço destas tecnologias no decorrer de todo o curso, sendo um dos objetivos do programa modificar a relação dos professores com a tecnologia (incrementando todas as possibilidades de aprendizagem, do professor e do aluno). Esta mudança no comportamento dos professores tem um relação direta com a cultura escolar e com as relações de poder que estes dispositivos tecnológicos representam dentro do ambiente educacional. Assim, ouvimos o tempo todo inúmeras desculpas para que os professores não utilizem as ferramentas tecnológicas, mas pouco se tem feito no sentido de mudar este paradigma. Observamos que são oferecidos cursos, os computadores estão na escola (trancafiados ou subutilizados), os professores possuem computadores, mas seu uso efetivo está longe de ser consolidado. Existe uma premissa falsa de que o uso das tecnologias acontece com sucesso na escola privada, mas na verdade o que acontece, de fato, é a aula de informática, dissociada da prática dos outros professores e do contexto curricular. Acontece porque a escola particular tem em seus quadros o professor de informática e a clientela domina o uso do computador, mas daí a existir um projeto integrado pedagogicamente, é outra história. Bom, para tentar pesquisar isso tudo (e mais alguma coisa), estou trabalhando na perspectiva dos Estudos Culturais. Embora seja utilizado mais freqüentemente no campo de gênero, etnias e mídia popular, ele também possibilita uma boa discussão sobre o uso dos artefatos tecnológicos.Infelizmente, o campo de pesquisa dos Estudos Culturais está mais disseminado nas áreas da comunicação e da linguagem, seu uso na educação foi intensificado apenas recentemente. Por esta razão, criei um blog esta semana para tentar organizar as leituras disponíveis e discutir um pouco os Estudos Culturais a partir da questão do uso das tecnologias na educação. A idéia é colocar a contribuição de todos que quiserem publicar algum post sobre o tema, mantendo no controle das carrapetas do blog, professores colaboradores. Quem tiver interesse em conhecer um pouco do assunto ou quiser contribuir para a discussão é só passar por lá.

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