domingo, 21 de julho de 2024

Livro Cultura Maker e Pensamento Computacional na Escola

Publicar artigos como resultado de pesquisa faz parte do processo e é necessário, mas quando conseguimos produzir uma publicação que sirva para outros públicos, é melhor ainda! O livro "Cultura Maker e Pensamento Computacional na Escola: Sugestão de Atividades para a Educação Básica" é um guia prático com uma série de atividades criativas e interativas que visam despertar a curiosidade, a capacidade de resolução de problemas e o espírito colaborativo dos alunos. O livro é resultado de uma extensa pesquisa financiada pela Pró-reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco e da pesquisa de pós-doutorado de Dagmar, que eu supervisionei. Ele oferece atividades maker detalhadas, com objetivos claros, materiais necessários e etapas de execução, além de sugestões de adaptações para diferentes faixas etárias e níveis de conhecimento. O livro está disponível gratuitamente, basta clicar aqui.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

E-book Cultura digital e educação: pesquisas em novos cenários


 Depois de uma longa espera, foi lançado o nosso livro Cultura digital e educação: pesquisas em novos cenários, no formato digital. Organizado com a minha parceira de tarefas impossíveis, a querida Thelma Panerai, o livro foi financiado com recursos do PROAP, do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica da UFPE - EDUMATEC, como parte do planejamento estratégico para melhorar os indicadores de publicação. 

Ao longo dos seus 16 capítulos, são abordados objetos de pesquisa relacionados com os diferentes cenários da cultura digital. "O propósito deste ebook é ampliar e enriquecer as áreas de estudo relacionadas com a cultura digital e a educação, integrando os processos formativos humanos. Nesses processos, surgem questionamentos, dúvidas, reflexões, estudos teóricos, práticas em sala de aula e construção e reconstrução de conhecimentos, buscando-se atender, de modo criativo e autoral, às transformações que ocorrem na sociedade contemporânea. O ebook reúne uma série de textos teórico-metodológicos que promovem uma convergência de mentes, de instituições e de perspectivas e que dão visibilidade a aspectos importantes relativos ao ensino superior e à educação básica, demonstrando a importante vinculação entre conteúdos científicos e pedagógicos". 

O livro digital está disponível para acesso gratuito no portal da Editora da UFPE, é só clicar aqui. Boa leitura!

sábado, 27 de abril de 2024

Conclusão das (inúmeras) defesas de mestrado e doutorado no EDUMATEC

Ontem finalizei as defesas dos meus orientandos e o que aconteceu nos últimos dois meses está muito distante da rotina comum da pós-graduação. A principal diferença é que os concluintes do doutorado foram alunos que ingressaram no programa exatamente no primeiro ano da pandemia e enfrentaram toda a pressão das incertezas não apenas relacionadas à pesquisa e às aulas, mas também às incertezas da doença, das vítimas e da vacina, que nunca chegava a tempo para nos proporcionar um pouco mais de tranquilidade e normalidade. Houve muitas perdas nesse percurso: vidas de pessoas queridas, trabalho, renda, sanidade, saúde... 
 
É exatamente por causa desse cenário tão caótico e doloroso que estou escrevendo este texto. Caio, Emanuel, Jaciane e Jonara não são apenas nomes de doutorandos (e agora doutores), são vidas que foram afetadas diretamente ou indiretamente por um contexto que continuará a ressoar por muitos anos em nossas vidas, mas eles conseguiram! Mudaram seus projetos, escolheram outros caminhos, mas conseguiram! Estou muito aliviada e orgulhosa dessas pessoas, pois ao olhar para trás, percebo o tamanho dessa conquista. Todos os mestrandos e doutorandos que completaram o curso durante a pandemia mereciam um diploma dobrado!
Mas como dizem os biólogos, a vida sempre encontra um jeito e nem tudo foi apenas sofrimento: Caio passou seis meses no Canadá com uma bolsa de doutorado-sanduíche (PDSE), Jonara fez uma visita técnica em Portugal que enriqueceu muito seu trabalho, Emanuel coletou dados que poderão ser úteis para muitas outras pesquisas e Jaciane superou todas as dificuldades para concluir uma tese original e linda. No mestrado, tivemos as dissertações de Aroma sobre cinema e inclusão para pessoas surdas, Rúbia com o uso do Instagram para professores durante a pandemia e Augustinho com o uso do Minecraft para o ensino de Geografia. 
Além das questões de reconfiguração do trabalho de orientação, fui sobrecarregada com um número excessivo de orientandos, chegando a ter doze na pós-graduação, indo contra todas as recomendações dos órgãos reguladores. Por esse motivo, presidi sete bancas de conclusão nos últimos dois meses: quatro de doutorado e três de mestrado, e confesso que pensei que não daria conta. Só para organizar essas bancas foi um trabalho árduo, pois assim como eu, todos os professores estão muito sobrecarregados. 
 
Não se enganem, o orientador ruim e descomprometido não é a regra, embora nas redes sociais só apareçam esses casos com muitos likes de solidariedade e indignação de quem sequer entende como a academia funciona. Basta fazer uma conta rápida: com sete orientandos concluindo, cada trabalho com aproximadamente duzentas páginas, fiz uma revisão cuidadosa de 1.400 páginas nos últimos 60 dias! E não foram apenas as minhas bancas, participei de várias dos colegas e estimo que li aproximadamente 2.300 páginas nos últimos dois meses! Aqui é como no comercial da Polishop, pensa que acabou? Não, tem mais! Tudo isso foi acumulado com o término do semestre da graduação em três disciplinas, início de um novo semestre na graduação e na pós-graduação, finalização da inserção de dados no Sucupira (sistema de acompanhamento das pós-graduações de todo o país) e a vice-coordenação do programa. 

Estou realmente cansada e me perguntando se tudo isso vale a pena. Em relação aos meus alunos, sim, valeu muito a pena! Eles agora fazem parte de mim, não só como professora-orientadora, mas como pessoas queridas que ficarão para sempre no meu coração. 

Quanto ao meu trabalho como servidora pública, não valeu a pena porque não há reconhecimento ou valorização do nosso trabalho. Vou fazer concurso para professor titular no próximo ano e certamente, esse será um ponto a ser abordado. Pretendo voltar ao normal a partir de maio, com cinco orientações em andamento e fora de cargos de gestão. Preciso cuidar mais da minha saúde e dedicar mais do meu tempo ao que realmente importa: VIVER!


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