segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Nova edição da Revista Texto Livre - volume 9, 2016

A revista Texto Livre: Linguagem e Tecnologia acaba de publicar o segundo número do volume 9, 2016. A revista agora também tem uma página no Facebook, é possível acessar e curtir a página da revista Texto Livre no Facebook para receber notícias sobre publicação e chamadas.Para quem tiver interesse em enviar artigos para publicação, a revista recebe em fluxo contínuo submissões de textos que tratem da relação entre linguagem, educação e tecnologias (mais detalhes na página oficial da revista). Os artigos estão muito interessantes, vale a pena navegar pelo sumário e conhecer os textos.

Editorial         Daniervelin Renata Marques Pereira

Linguística e Tecnologia

Contrastes entre a crítica literária especializada e amadora: os booktubers e os discursos sobre o livro e a leitura. Danilo Vizibeli

Movimento Booktubers: práticas emergentes de mediação de leitura. Claudia Souza Teixeira, Andressa Abraão Costa

“O que é uma obra?”: entre a estabilidade e o deslize em tempos de internet. Paula Daniele Pavan

A interatividade na poesia digital: palavra, imagem e som em movimento. Simone Dália de Gusmão Aranha, Olivia Rodrigues Borborema

Vocabulário, complexidade textual e compreensão de leitura em ambientes digitais de ensino: uma investigação inicial com alunos do Ensino Médio. Maria José Bocorny Finatto, Monica Stefani, Aline Evers, Bianca Franco

Pasqualini Intertextualidad y coherencia en una crónica de João Ubaldo Ribeiro: abordajes en lectocomprensión. Carlos Alberto Pasero

Olhares sobre a linguagem em redes sociais e suas interfaces com a educação crítica e pluralista. Eliane Fernandes Azzari, Rosineide de Melo

Educação e Tecnologia

Formação técnica de professores do Ensino Médio para uso do Tablet Educacional: uma pesquisa-ação. Elivelton Henrique Gonçalves, Fernanda de Oliveira Costa, Adelma L.O.S Araújo

Uma pesquisa-ação no ensino-aprendizagem da língua inglesa para crianças com uso de tecnologias digitais. Maria Carolina Coelho Chimenti, Heloísa Andreia de Matos Lins

Contribuições do sociointeracionismo para a aprendizagem de um idioma em plataformas digitais. Renata Santos de Morales, Noeli Reck Maggi,André Luis Marques da Silveira,Juliana Figueiró Ramiro

Selfies, emojis, likes: representações voláteis e leituras líquidas na era digital. Josiane da Cruz Lima Ribeiro, Ricardo José Rocha Amorim, Rodrigo dos Reis Nunes

Ética hacker, campos de experimentação e as possibilidades da educação aberta. Ana Carolina Sampaio Coelho

Material didático digital: nova forma de o aluno surdo “ler” e “interagir” com os conteúdos educacionais? Dayse Garcia Miranda

Software Livre Educacional

Software Livre na educação: uma experiência em cursos de formação docente. Daniele da Rocha Schneider, Sérgio Roberto Kieling Franco, Paulo Francisco Slomp

Software livre e de código aberto no ensino de Programas de Apoio à Tradução: OmegaT, uma alternativa viável. Adauto Lúcio Caetano Villela

Ensino Superior e Tecnologia

Linguística cognitiva e produção/avaliação de objetos de aprendizagem em dança. Siane Paula de Araújo, Luhan Dias Souza, Maurício Silva Gino

Resenhas

Letramentos na web: gêneros, interação e ensino. Lígia Cristina Domingos Araújo, Carlos Alexandre Rodrigues de Oliveira

Cadernos do STIS

O copo meio cheio: a rede como um campo de possibilidades de valorização de professores. Elodia Honse Lebourg, Valdete Aparecida Fernandes

sábado, 10 de dezembro de 2016

Golpe, greve, ocupação e resistência: a nada mole vida de uma professora universitária

Vivemos tempos sombrios com deslocamentos difíceis onde até a manipulação descarada dos fatos foi nomeada como “pós-verdade”. O nosso modelo de democracia, assim como em vários outros países, já não é grande coisa, mas os grupos dominantes que pensam que são os donos do país resolveram piorar ainda mais, provocando rupturas que não sabemos nem por onde começar a consertar, se é que vamos conseguir consertar. No meio de um cenário político e econômico caótico, a minha universidade decidiu entrar em greve e mesmo sem estar convencida de que a greve é o melhor instrumento de luta neste momento, eu apoiei a greve por dois motivos: a causa é legítima e a maioria decidiu. Assim funciona o processo democrático e antes de reclamar dos 54 milhões de votos que não foram respeitados nas eleições para presidente, é preciso respeitar a decisão dos colegas em optar pela greve. As minhas dúvidas ou restrições não são (e não devem ser) importantes diante da decisão coletiva. Ser contra a greve e continuar trabalhando como se nada estivesse acontecendo na universidade, no país e no mundo, é acreditar que as decisões da maioria não devem ser respeitadas, desconsiderando a democracia. E o contrário de democracia, todo mundo sabe o que é.

Os alunos ocuparam o Centro de Educação causando uma série de dificuldades para o nosso trabalho (dããã, é claro, o objetivo de uma ocupação é esse mesmo!). Respeito o legítimo direito de manifestação de todos os alunos, mesmo que isso me traga vários transtornos. Penso que a ocupação deverá ter um fim em algum momento ou organizar uma outra estratégia porque não é viável ocupar um espaço público para sempre (a não ser que você seja um latifundiário com grande poder político e econômico, aí você pode ocupar as terras devolutas da União sem ser incomodado, mas isso é outra história). O que eu penso não é importante no momento porque a decisão da maioria dos professores do CE foi apoiar a ocupação dos alunos. Se eu acredito na democracia, preciso respeitar a decisão. Simples assim. Quem ignora ou desvaloriza o movimento de ocupação dos alunos deveria conhecer de perto o que eles estão fazendo. Ninguém deixa a sua própria casa para viver precariamente se não estiver convicto de que a luta por uma causa vale a pena. Não é preciso concordar com eles, mas é essencial respeitá-los.

O problema maior não é nem continuar a trabalhar com greve decretada (sim, temos vários colegas trabalhando em outros Centros), mas sim a inexistência de uma ação crítica e a necessidade de impor uma normalidade ao cotidiano que é tão artificial quanto os argumentos que usam para ignorar a greve. A questão é que a forma como nos posicionamos diante do momento histórico em que estamos vivendo diz (e dirá sempre) muito sobre nós, inclusive sobre o nosso caráter. Não adianta se justificar depois, quando a vida exige que escolhamos um lado, é preciso ter coragem e certeza de que escolhemos o lado certo. A escolha é pessoal e cada um sabe o peso que terá que sustentar no futuro. Eu fiz a minha escolha e por isso este texto foi publicado aqui.

Quem quiser saber mais sobre o golpe, é só clicar em qualquer um dos links: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Livro-Resistencia-ao-golpe-de-2016-nasce-movido-a-indignacao/4/36205

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/

Para saber mais sobre a ocupação, visite a seguinte página do Facebook: https://www.facebook.com/OcupaUFPE/

Mais informações sobre a greve dos professores na UFPE: http://adufepe.org.br/

Boa leitura!

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Avanca 2016: Conferência Internacional de Cinema

A 7ª Conferência Internacional de Cinema aconteceu em Avanca (Portugal) no final do mês de julho. Além do calor inacreditável, encontramos também excelentes discussões sobre Cinema e Educação em diversas possibilidades de formatos, mídias e linguagens. Esse foi um aspecto importante que observei no evento: as discussões e reflexões não ficaram restritas aos elementos do cinema ou do campo da Educação, existe uma proposta de relacionar diversos aspectos de diferentes áreas para compreender as possibilidades e propor novos caminhos. Gostaria de comentar três trabalhos que considero ótimos exemplos do que aconteceu em Avanca:

I – Costume e Cinema: The Italian School of the Costume Designers for Cinema. Os italianos Marcello Zeppi e Monica Gallai apresentaram uma discussão muito interessante sobre o papel das escolas de designers de Florença e o papel do poder público e das Fundações para não deixar que esse conhecimento histórico, que tornou a cidade um polo de ensino e difusão do design dos figurinos de cinema, teatro e óperas, seja perdido. A reflexão sobre a história da cidade, a organização social e o sistema escolar, foi fantástica.

II- Educational Use of English Cinema in Classroom. A professora Yumiko Mizusawa discutiu os problemas do sistema de Educação Superior do Japão (sim, o sistema tem muitos problemas!) e apresentou a metodologia que ela implementou para o ensino da Língua Inglesa na universidade. Os alunos de todos os cursos são obrigados a cursar as disciplinas de Língua Inglesa e o resultado não é satisfatório. Ela utilizou os roteiros dos filmes em inglês e japonês e trabalhou o vocabulário e a gramática com esse material. A escolha dos filmes foi muito importante para o trabalho porque não eram filmes conhecidos como blockbusters, eram filmes que retratavam aspectos importantes da cultura dos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália. Curiosidade: apenas 58% dos alunos que terminam o Ensino Médio ingressam nas universidades. Considerando os indicadores educacionais japoneses, eu imaginava que o número fosse muito maior!

III – Steven Universe e Outros. O professor Nuno Fragata atua na Educação Básica do sistema educacional público português e trouxe uma excelente discussão sobre a animação Steven Universe e suas relações com a aparência, estética, novos arranjos familiares e a questão LGBT. A animação quebra os estereótipos e trabalha com questões importantes relacionadas com o amor, compaixão, fraqueza, pertencimento, entre outros assuntos que não costumam ser abordados em desenhos infantis.

Além das apresentações de trabalhos e palestras, conhecemos uma experiência bem interessante chamada Animation-4All, de Mafalda Sofia Almeida. Ela desenvolve um projeto de investigação multidisciplinar com o cinema de animação como instrumento inclusivo e pedagógico. O material que estava disponível na mostra sintetizava a beleza do projeto muito bem definido pela autora como “um projeto cheio de amor, pensado, estruturado e adaptado onde tudo se torna válido, onde todos contribuem, onde todos têm talento, onde todos têm um papel importante”… A afirmação refere-se ao projeto Animation-4All, mas poderia servir perfeitamente para o evento realizado em Avanca!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

DidaTics: Design em Tecnologia Educacional

Amanda Costa foi minha orientanda no mestrado e é o tipo de aluna que caminha sozinha e consegue o equilíbrio perfeito entre criatividade, autonomia e responsabilidade. Ela desenvolveu um site maravilhoso há alguns anos chamado Paleoclube e agora ela apresenta mais um produto interessante: um canal de vídeos com animações que abordam temas interessantes relacionados com as teorias de aprendizagem, design em tecnologia educacional e neurociência cognitiva. Além do conteúdo e da beleza visual, o que eu mais gosto na iniciativa de Amanda é a proposta de compartilhar conhecimento e construir um canal de aprendizagem em rede. Vale a pena conhecer e compartilhar!

terça-feira, 19 de julho de 2016

Revista Texto Livre: Linguagem e Tecnologia - Volume 9, 2016

Acaba de ser publicado o volume 9, número 1 de 2016, da revista Texto Livre: Linguagem e Tecnologia, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. Os artigos estão agrupados em duas áreas: Linguística e Tecnologia e Educação e Tecnologia. Os temas abordados englobam elementos atuais no cenário das redes e problematizam conceitos importantes que necessitam de aprofundamento urgente como, por exemplo, o conceito de letramento digital, os movimentos nas redes sociais, uso da EAD em espaços não formais de formação, entre outros. As discussões dos artigos estão muito interessantes e vale a pena conhecer a revista. Quem tiver interesse em submeter artigo para os próximos números da revista, é só clicar neste link. A seguir, o sumário do volume 9 da revista Texto Livre: Linguagem e Tecnologia:

Linguística e Tecnologia

Classification des sujets abordés dans dix manuels de rédaction web: vers un outil de référence pour l’enseignement universitaire (Marie-Josée Goulet, Christine Fournier)

Verbo-visualidade em tira quadrinizada da Mafalda: cortesia/descortesia linguística e humor nas interlocuções da narrativa figurativa (Carlos Augusto Baptista Andrade, Diogo Souza Cardoso)

Humor, ideologia e discurso: a circulação dos estereótipos do caipira em piadas na internet (Emanuel Angelo Nascimento)

O orador humorístico: a construção do ethos na comédia (Maria Flávia Figueiredo, Alan Ribeiro Radi)

Vem pra rua: um estudo sobre ressignificação (Suzana Jordão Costa)

Softwares de transcrição como auxílio para as pesquisas com enfoque multimodal no processo de aquisição da linguagem (Jéssica Tayrine Gomes de Melo Bezerra, Paula Michely Soares da Silva, Marianne Carvalho Bezerra Cavalcante)

Educação e Tecnologia

O conceito de letramento digital e suas implicações pedagógicas (Mariana Vidotti de Rezende)

Letramento literário na EaD: rodas de conversa em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (Giselle Larizzatti Agazzi, Maria Teresa Ginde de Oliveira, Débora Reffi de Souza)

Crítica, adaptação e organização na construção colaborativa de documentos nas nuvens (Raquel Franco Santos, Ivan Luiz Marques Ricarte)

Tecnologia e políticas educacionais: desafios e contribuições das tecnologia da informação e comunicação em escolas estaduais da cidade de Itaperuna (Valquiria Oscar Teixeira)

Extensão para a educação: a experiência de capacitação a distância do Espaço do Produtor (João Batista Mota, Silvane Guimarães Silva Gomes, Estela da Silva Leonardo)

Contextualizando a educação continuada de professores de línguas estrangeiras no Brasil (Vanderlice dos Santos Andrade Sól)

Como membro da comissão editorial da revista, agradeço o interesse no nosso trabalho e peço ajuda na divulgação. Afinal, compartilhar conhecimento é uma forma de mudar o mundo. Obrigada!

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Seleção para mestrado e doutorado no Edumatec - UFPE

As inscrições para a seleção 2017 para ingresso no mestrado e doutorado do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica (Edumatec) estão abertas até o dia 29 de agosto de 2016. São 30 vagas para o mestrado e 16 vagas para o doutorado. A linha de pesquisa Educação Tecnológica acrescentou alguns elementos nos seus temas de pesquisa em relação aos anos anteriores e a descrição atual das temáticas é a seguinte:

Cultura digital: identidades, conflitos e inovações na perspectiva dos Estudos Culturais; Inclusão digital e inclusão social de professores e alunos; PLE's; Redes sociais e colaboração em rede; narrativas digitais; storytelling transmídia; etnografias audiovisuais participativas; novos métodos de pesquisa online; mídias e mediações interculturais.

Ambientes virtuais de aprendizagem e Educação a Distância; Formação de professores para uso de tecnologias em educação; Formação e práticas docentes em educação online; Inovação pedagógica e práticas inovadoras na educação superior; Aprendizagem móvel; Modelos, práticas e gestão da educação a distância; Tecnologias Digitais e Aprendizagem; Práticas pedagógicas com uso de tecnologias digitais; Gestão de tecnologias na educação.

Avaliação/Concepção e Desenvolvimento de artefatos computacionais ou ambientes colaborativos (CSCL) para o ensino da matemática, presencial ou a distância, com suporte à aprendizagem colaborativa, segundo princípios teórico metodológicos da Engenharia de Software Educativos e da Didática da Matemática; Atividade docente na área de matemática na educação online; Avaliação de softwares e aplicativos para a matemática; Situações didáticas para o ensino da matemática com o uso de softwares educacionais.

O edital completo está disponível no boletim informativo oficial da Universidade Federal de Pernambuco.

domingo, 17 de abril de 2016

As narrativas digitais

Eu estou bastante interessada em pesquisar as narrativas digitais e as possibilidades de pesquisa no campo da Educação. Ainda existe muita confusão conceitual e metodológica com os conceitos de narrativas digitais, transmídia e storytelling, mas só vamos chegar em algum lugar se começarmos a pesquisar e escrever sobre o tema. Os conceitos teóricos são espinhosos, mas também tem o lado agradável, como escrever um artigo sobre a transmídia em Star Wars, por exemplo. Acho que nunca fui tão feliz na construção de um texto acadêmico. Uma das coisas mais interessantes no tema, é a necessidade de se construir pontes entre os diversos tipos de narrativas para compreender as especificidades e a importância do digital neste contexto. E por falar em pontes e narrativas, eu vou comentar uma situação que me incomodou bastante ao assistir "Ponte de Espiões" (Fox Filmes, 2015). A sinopse do filme é a seguinte: "Em plena Guerra Fria, o advogado especializado em seguros James Donovan (Tom Hanks) aceita uma tarefa muito diferente do seu trabalho habitual: defender Rudolf Abel (Mark Rylance), um espião soviético capturado pelos americanos. Mesmo sem ter experiência nesta área legal, Donovan torna-se uma peça central das negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética ao ser enviado a Berlim para negociar a troca de Abel por um prisioneiro americano, capturado pelos inimigos". O filme é esteticamente impecável, tem interpretações tocantes (eu torci por Bale no Oscar de melhor ator coadjuvante, mas mudei de ideia depois que me emocionei com Mark Rylance), a reconstituição de época é muito bem realizada, mas fiquei extremamente incomodada com as lacunas da história durante todo o filme. A história não era convincente, por que um advogado obscuro seria escolhido para defender um espião russo em plena Guerra Fria? E mais, por que esse mesmo advogado iria negociar um acordo na Alemanha Oriental? Não havia um só agente ou representante do governo que pudesse fazer isso? Por que os agentes do governo obedeceriam e respeitariam um advogado de seguros, mon Dieu?!? Difícil de engolir... Fui para a internet pesquisar, li todas as críticas nacionais e nenhuma delas citava a fragilidade do roteiro. É claro que existe a liberdade criativa e a ficção não precisa fazer sentido, mas quando você apresenta um filme como "baseado em uma história real", é bom que a racionalidade dos fatos predomine. Ou não? Sem encontrar nada de útil, fui buscar nos sites internacionais a história de vida do Sr. James Brett Donovan e para minha surpresa, ele provavelmente foi um espião, e se não foi um espião no sentido conceitual da palavra, ele foi formado em uma escola de espiões durante a II Guerra Mundial e foi um dos idealizadores da organização que originou a CIA. Caplotft! Donavam era na verdade um ex-fuzileiro que participou do julgamento de Nuremberg como assessor do juiz da suprema corte. Depois, ele voltou para Nova York e foi trabalhar como advogado de seguros até ser escolhido para defender o espião russo. O filme é dirigido por Steven Spielberg e não ficou muito claro para mim porque o diretor escolheu esconder uma informação tão importante dos espectadores. Sem dúvida, a ideia de um ex-espião atuando como advogado no caso me parece muito mais crível e emocionante do que um pacato advogado metido no meio de uma confusão. Voltando ao que interessa, apesar de ser apenas uma questão do campo do entretenimento, é interessante pensar como as narrativas precisam ser bem construídas para quem ouve, lê ou assiste. A minha contribuição para a Educação é pensar que as narrativas dos professores e dos alunos merecem um protagonismo mais efetivo do que temos feito até hoje. Vamos ao campo de pesquisa sempre com os nossos pressupostos já definidos e queremos que os nossos sujeitos apenas confirmem o que já pensamos. Somos como o Spielberg do filme, sabemos a história que queremos contar e queremos convencer os outros de que ela é real. Com isso, nos distanciamos da verdade, dos problemas e das possíveis soluções. Pretendo descobrir se é possível caminhar por outras trilhas. Veremos...

Link para a matéria completa sobre a história real de James Donavan, na revista da Fordham University.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Seleção para professor substituto na EaD

A UFPE lançou ontem o edital para a seleção de professores substitutos, fato comum na universidade em todo início de semestre. A grande novidade está na destinação das vagas: os professores selecionados trabalharão na Educação a Distância. São 13 vagas distribuídas nas áreas de Letras, Ciências Contábeis, Geografia e Licenciatura em Matemática. Quem estiver interessado em concorrer, é só clicar no edital para saber mais detalhes. A seleção de professores substitutos é um passo importantíssimo para a institucionalização da EaD que não pode mais depender de uma estrutura separada da universidade para sobreviver. É também o reconhecimento de que o professor que trabalha na EaD deve ter as mesmas condições de trabalho e remuneração dos professores que atuam no presencial. A EaD deveria ser uma opção para o aluno e não um instrumento compensatório ou paliativo para a formação superior. Consolidar os mesmos critérios de seleção, qualificação e remuneração para os professores que atuam na EaD, é essencial para uma mudança no papel da formação realizada a distância. Eu já escrevi algumas vezes aqui no blog sobre a necessidade de mudanças no modelo de universidade a distância que foi criado no país, quem quiser ler, os links estão logo a seguir. Boa sorte para quem vai fazer a seleção e vamos continuar lutando por recursos, inovação e qualidade na EaD!

A Institucionalização da EAD nas Universidades

Para não dizer que não falei das flores... (ou sobre o fim da UAB)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Conferência Internacional de Cinema de Viana

A CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE CINEMA DE VIANA é um espaço de reflexão e de partilha de experiências visando a construção de uma comunidade internacional de interesses e de divulgação de projetos relacionados com duas temáticas centrais do cinema – Cinema e escola e Cinema, arte, ciência e cultura. Realiza-se no âmbito da programação dos XVI Encontros de Cinema de Viana. Inscrição para envio de resumos: até 31 de janeiro 2016.

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