sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Livro Web 2.0: Erros e Acertos

Se a web fosse um "digimon" já teríamos várias evoluções para analisar, mas sempre acontece algo na rede que me surpreende. A última foi o lançamento do e-book Web-2.0 Erros e Acertos: Um guia prático para o seu projeto, de Paulo Siqueira (com ilustrações de Orlando). O livro tem "o objetivo de transferir e campartilhar o conhecimento e as experiências acumuladas no desenvolvimento de um projeto para a web", com licença Creative Commons. Entretanto, o mais surpreendente não é o assunto do livro e nem o fato de ser gratuito, o mais interessante foi a estratégia de divulgação utilizada. Os autores utilizaram um processo de divulgação colaborativo envolvendo mais de 80 blogs e o Twitter. Os blogueiros interessados em participar da divulgação receberam o material antecipadamente para analisar e podiam enviar a logo do seu blog para inserir na versão final do livro (até nós estamos na fita!). É uma ideia interessante de divulgação de mão-dupla extremamente simpática. Resumindo: o material é bom, o conteúdo atual e a forma de divulgação inovadora. Para saber mais sobre o projeto visite o blog ou faça o download do livro.


#Blogs que estão participando da divulgação colaborativa:

Irradiando Luz, Dossiê Alex Primo, Não Zero, UsuárioCompulsivo, Nerds Somos Nozes, Zerotrack, Blog de Seo e Webstandards, iceBreaker, Luz de Luma, yes party!, Vivo Verde, Cova do Urso, Grãos de Areia pelo Infinito, atblog, DE Consulting, Nota Zer0!, TecnoCT, Leitura na Tela, Antes da HORA, Tecnologias digitais e Educação, Tecnologias, Educação e algo mais…, Virtual Z1, Uhu, galera!…, Blog do Carlos Fran, Blog do Locoselli, Blog de Renato Salles, Lua internauta, Mundo Desbravador, Fonte de Alegria, Lar da Veterinária, Origine Italiana, Arthur Araujo, Luana Giampietro, Blog do Zemarcos, blog EJM, Notícia e blog, Mídia Boom, [In]Commun Séries, Blogando com Vc!, Grupo NGJ, Voxtopia, pribi.com.br, Blog da Mari Rocha, Unidade Avançada, Blog Windows Brasil, Preparando a Redação, Usuário Nokia, Léo.Lopes – Portfólio, Blog do Netmind, Sylvester Stallone Brasil, Códigos Blog, Brasil Critical, Security Total, Ricardo Campos: Reflexione, Actividade, Açaí Grosso, Muleque Doido, Ernandes Rodrigues, cajuinas, Educação a Distância, WebGringos, Fruição e Escrita, Informática Desvendada, Midlife, Popzei!, Berdades da Boca P’ra Fora, My Percepções, Liso-Sapiens, Blogger Pessoal, Neurônio 2.0, Vondeep, The worst kind of thief, Thiago Antonio, Marcus Monteiro, Franquia Empresa, Blog Mídias Sociais, Abre Aspas, Chronus Blog, Sedentarismo Intelectual, PopNutri.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

TEDx São Paulo e Many Eyes

De vez em quando eu recebo uma sugestão de postagem por e-mail e minha reação é ignorar solenemente a indicação. Faço isso por vários motivos, mas o principal é que considero este blog como um espaço pessoal e intransferível. Todas as indicações que faço aqui (leitura, eventos, sites, softwares etc.) são informações que encontro através das redes sociais, verdadeiras comunidades de compartilhamento. Ontem eu recebi uma "sugestão" sobre o evento TEDx São Paulo que, segundo a mensagem, "reunirá mais de 700 pensadores para debater O que o Brasil tem a oferecer ao Mundo agora? Durante todo o dia 14 de novembro, 30 palestrantes apresentarão inovações em diversas áreas de conhecimento e atuação, buscando descobrir como um pais moldado pela diversidade pode ajudar a construir, na prática, um mundo melhor.As inscrições são gratuitas e ainda estão abertas". Normalmente eu ignoraria a mensagem, mas ao navegar no site do evento verifiquei que era gratuito (nem mesmo os palestrantes são pagos) e, além disso, descobri uma ferramenta muito interessante desenvolvida pela pesquisadora brasileira Fernanda Viegas. É uma ferramenta de visualização de dados, chamada Many Eyes que permite construir e comentar gráficos com design artístico. "Além de acessar e comentar gráficos que apresentam de forma visual estatísticas tão distintas quanto o índice de desemprego americano por estado e o número de seguidores no Twitter, qualquer pessoa pode criar seus próprios gráficos usando os data sets disponíveis. A filosofia por trás do sistema – criado dentro da IBM e usado pelo jornal The New York Times -, é fomentar o debate público em torno dos mais diversos dados. A crença é que quanto mais os dados são visuais, mais as informações são percebidas e, logo, discutidas". A proposta do sistema me fez pensar no uso dos mapas conceituais na educação a distância e a importância da leitura imediata das informações. Afirmamos que vivemos na cultura da imagem, mas entendemos a imagem como o que assistimos na TV ou no cinema, ou seja, a imagem como um retrato superficial, dinâmico e imediatista, construído para ser consumido por mentes preguiçosas. Esquecemos que existe muito mais além da TV, uma vez que obras de arte, fotografias, gráficos etc, também são imagens. O desenvolvimento de propostas educacionais fundamentadas na imagem, seja na reprodução de obras de arte, na construção de gráficos, ou mesmo em mapas conceituais, ainda é pouco explorado. É como se a educação excluísse qualquer elemento imagético por considerá-lo como uma estratégia menor no processo de aprendizagem. Como acabei de rever meus conceitos ao publicar uma sugestão de postagem, posso ter alguma esperança de que os professores também possam rever a sua prática pedagógica sobre o uso das imagens como estratégia para potencializar a aprendizagem.


# Uma curiosidade para os meus leitores: o cargo da pessoa que assina o e-mail com sugestão de postagem é "Assistente do Núcleo de Relacionamento e Disseminação em Mídia Social". Tá certo que muitas profissões de hoje não existiam há dez anos, mas... isso não é um exagero?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O Movimento Craft

Este post não está relacionado com os temas habituais do blog, mas o assunto transita na questão da educação e do uso das tecnologias digitais. Com relativa frequência (bem mais do que eu gostaria) algumas pessoas surgem nas listas de discussão se queixando da cópia de seus textos em outros espaços da web. É um assunto que me interessa por ser professora - e lidar com as "cópias"- e com o processo educativo de orientar o aluno a usar o seu próprio texto. Outra questão importante está na relação entre quem é copiado e quem copia, já que são frequentes as desculpas esfarrapadas dos plagiadores quando são confrontados. Copiar um texto ou uma idéia sem fins lucrativos já é bem ruim (se bem que o conceito de lucro pode varia muito, tirar uma nota boa apresentando um trabalho copiado também é uma forma de lucrar), mas imaginem quando um trabalho voltado para o cuidado do fazer manual é copiado para ganhar dinheiro. O movimento craft está relacionado com o fazer manual, a sustentabilidade e o compartilhamento de ideias e técnicas, virtualmente (através de comunidades) ou presencialmente. Surge aqui um contraponto interessante, compartilhar significa ajudar a melhorar o trabalho do outro, crescer, progredir, relativizar, e não copiar. A cópia é sempre um retrato esmaecido do original, para compartilhar é necessário querer melhorar, buscar a autenticidade e manter-se sempre em movimento. Quem copia está parado, estagnado, condenado a viver em uma prisão de ideias fragilizadas porque pertencem aos outros. Pode até fazer sucesso, mas não consegue sustentá-lo. Seja no movimento craft, seja no meio acadêmico, ou mesmo nos blogs do mundo virtual, o conceito de plágio é o mesmo, e sempre causa muito sofrimento nas pessoas que têm as suas ideias roubadas. Para exemplificar melhor esse sentimento, reproduzo aqui o post do Corrupiola, que enfatiza o papel das comunidades virtuais no processo:


"Em uma entrevista, nos perguntaram: Qual é o lado positivo de ser inovador? E o negativo? O positivo, sem dúvida é o reconhecimento do trabalho envolvendo a trajetória, o processo e o resultado, a resposta positiva do cliente e a motivação no aprimoramento de cada peça. O lado negativo é quando você descobre que está sendo copiado…Desde agosto deste ano nos avisaram (através da comunidade craft) do aparecimento de uma marca com uma estranha “semelhança” com os produtos da Corrupiola. E para nossa surpresa, descobrimos outro blog não somente com a cópia de nossos produtos e ideias, mas também de textos, preços, frases e principalmente o nome “experiências manuais” ligado à marca. Entramos em contato, dizendo que o processo craft não se forja, ele se constrói. Sem resposta direta, ocorreu apenas uma explicação através de comentários já apagados no blog, de que seus produtos eram diferentes dos nossos porque eram furados de forma diferente (caráter muito peculiar!). A outra marca tirou o experiências manuais do nome e vende a falsa ideia da criação de algo inovador. Associam a impressão offset (em gráfica própria) com craft e dizem que os produtos são 100% handmade. A cópia é mais rápida e prática, esta marca e seus produtos são exemplos ruins de craft, pois exatamente um mês após adquirirem os produtos da Corrupiola, lançaram uma “nova” coleção de cadernos “próprios”.Mas qual é o principal objetivo do movimento craft? É minimizar o impacto do ser humano e sua produção industrial sobre a terra através do processo manual, agregando a reciclagem, a reutilização e não a reprodução em série. É um movimento interessado em humanizar o consumo, prezando pela autoria do produto. Daí cabe ao exigente comprador craft confiar na honestidade de quem produz, na origem da matéria prima e na originalidade da peça adquirida.Os participantes da comunidade craft compartilham ideias e incentivo através das mídias sociais e juntos formam uma nova economia e trabalho em rede. E felizmente esta comunidade está bem unida e antenada sobre o mercado desleal de pessoas que vendem ideias falsas sobre trabalhos manuais ou copiam ideias de outros crafters. O lado bom é que estamos recebendo mensagens da comunidade a respeito deste episódio envolvendo a Corrupiola e seu cover.É importante frisar que nesta nova economia não há espaço para a competição e sim para a união e troca de ideias. Há lugar para todos, desde que sejam originais ou tragam novos valores ao produto referenciado. É por isso que a Corrupiola leva mais tempo para lançar novos produtos, pois nos preocupamos em não utilizar o caminho fácil da cópia e procuramos criar algo diferente do que já existe no mercado. Se no início usamos o cahier da Moleskine como ponto de partida, foi pela admiração ao produto e a partir dele fizemos experimentações que nos distanciam do famoso caderno. Um bom distanciamento que passa pelo caminho da referenciação. Outros ótimos exemplos de crafters criadores de notebooks no Brasil, só para citar alguns: Viváskine, Alpharrábio, Zoopress, Cau feito à mão e muitos outros".

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mestrado em Educação Matemática e Tecnológica na UFPE

Estão abertas as inscrições para a seleção do Mestrado em Educação Matemática e Tecnológica - EDUMATEC, da Universidade Federal de Pernambuco. São 25 vagas disponíveis em três linhas de pesquisa: Didática da Matemática, Educação Tecnológica e Processos de ensino aprendizagem na Educação Matemática e Científica. A seleção será realizada em quatro etapas: prova escrita, defesa do pré-projeto, avaliação do currículo e prova de idioma. As inscrições estão abertas até o dia 29 de outubro e a prova será realizada no dia 05 de novembro. O resultado final será divulgado no dia 04 de dezembro.A ementa da linha Educação Tecnológica é bem interessante: investigação sobre as relações entre a comunicação e a educação; os artefatos tecnológicos (TV, Vídeo, Software, Internet) e a educação; as abordagens de ensino e de aprendizagem que se utilizam destes artefatos tecnológicos e o papel do professor, o aluno e o conteúdo de referência; e sobre a relação entre os programas de ensino on-line e ensino a Distância e a avaliação destes programas. Os professores são Franck Gilbert René Bellemain, Maria Auxiliadora Soares Padilha, Patrícia Smith Cavalcante, Sérgio Paulino Abranches e Verônica Gitirana Gomes Ferreira. Dos cinco professores da linha, eu divido a minha sala com três deles, uma forte indicação de que segundo o posicionamento de Marte no quadrante de Aquário no último decanato de 2009, eu tenho grandes chances de ser professora colaboradora do curso brevemente. Ao meu favor, posso dizer que divulgo o curso aqui no blog desde a sua criação, pena que isso não conta nada na pontuação docente:=).

A Era do Hipertexto

As listas de discussão são realmente uma ótima forma de saber das novidades, através de Karla Vidal fiquei sabendo que o Prof Xavier, coordenador do Núcleo de Estudos sobre Hipertexto e Tecnologias na Educação, da UFPE, está lançando o livro A Era do Hipertexto: linguagem e tecnologia. O texto de divulgação afirma que "neste trabalho, o professor oferece ao leitor reflexões sobre a revolução digital e a produção e circulação do saber, além de um capítulo histórico, acompanhado de ilustrações sobre a evolução das tecnologias enunciativas. Ele também apresenta uma contextualização histórica sobre o surgimento da tecnologia hipertextual e discute várias definições e formas de ver o hipertexto, incluindo a ideia de que, antes da informática, índices e sumários, por exemplo, já eram formas de manifestação da hipertextualidade". O livro traz uma versão digital no formato de e-book para quem adquirir a versão impressa do livro.O meu interesse pelo tema começou em 2007, quando apresentei um trabalho sobre ambientes virtuais de aprendizagem no evento sobre Hipertexto, em Fortaleza. Discutir a hipertextualidade é essencial para a compreensão da aprendizagem na educação a distância, já que a estrutura dos cursos (no contexto atual) utiliza a web como base para a aprendizagem. Amanhã vou comprar o meu exemplar e farei uma postagem sobre os assuntos tratados no livro.

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