Esta semana fui ao lançamento do livro Temas sobre a Instrução no Brasil Imperial (1822-1889), organizado por Antonio Carlos Ferreira Pinheiro e Cristiano Ferronato. A obra tem como objetivo divulgar os resultados de pesquisas que foram desenvolvidas nos últimos quatro anos no âmbito do Grupo de Pesquisa "História da Educação na Parahyba Imperial", vinculado ao Programa de Pós-Graduação em História da UFPB. Os trabalhos discutem aspectos relacionados à contribuição da “instrução” no processo de formação do Estado imperial, tomando como referência a “Província da Parahyba do Norte”. Aspectos relativos à cultura escolar, à formação de professores e a infância “desvalida” são alguns dos temas analisados a partir de farta documentação inédita e desconhecida pelo grande público leitor sobre o XIX. Cristiano é meu amigo querido do doutorado e arrasou quarteirões como organizador do livro. Sim, nós já sabemos que ele é lindo, sim, já sabemos que ele é muito competente, mas a demonstração disso tudo ao mesmo tempo, nos deixou (eu e Alásia) impressionadas e muito felizes pelo resultado do trabalho dele. Aliás, eu consigo vislumbrar nestes momentos o quanto estou evoluindo como ser humano, pois quando participo do sucesso de meus amigos, só consigo sentir felicidade e satisfação, pois o sucesso de cada um engrandece a minha própria escolha como pessoa.Ou seja, nós não crescemos apenas por nossas próprias ações, mas essencialmente pelo conjunto de ações de todos que nos cercam, pois são experiências de vida que nos afetam, direta ou indiretamente. É esta percepção de que estamos inexoravelmente ligados aos outros que nos move para frente e faz todo o resto valer a pena.
sábado, 27 de setembro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Cursos Abertos do MIT
Parece que o movimento de Educação a Distância está mesmo se consolidando em vários lugares do mundo. O MIT (Massachussets Institute of Technology) abriu vários cursos para os internautas chamados de OpenCourseWare. São mais de 1 800 cursos, alguns traduzidos para o português. É um repositório de aulas utilizados em cursos do MIT contendo notas de leitura, situações-problema, exercícios de laboratórios, vídeos e apresentações produzidas pelos professores. É de graça e não exige nenhum tipo de cadastro. Só não tem certificação, mas também era pedir demais!
Curtinhas
* A organização do evento de Hipertexto solicitou minha autorização para postar minhas fotos na página deles. Esta humilde fotógrafa ficou se achando...
** Meu departamento tem necessidade de 40 horas minhas este semestre, mas o setor de recursos humanos diz que eu só posso ter 20 horas. Hummm... parece um daqueles problemas matemáticos insolúveis.
*** Definitivamente a linha de Estudos Culturais do PPGE me cansa!!!
****Hoje foi um daqueles dias que eu fiquei me perguntando o que estou fazendo aqui? Que vontade de sumir...
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
2° Simpósio Hipertexto - Minha Apresentação
Bom, depois de tantos comentários, só ficou faltando falar sobre a minha apresentação. Eu nunca acho que é nada de especial, mas falar sobre a Web 2.0 sempre me empolga. Usei o livro de Cristóbal Cobo e Hugo Pardo, Planeta Web, como base para o texto, que obviamente, vou compartilhar aqui no blog.Se você ainda não fez o download do livro, aproveite o link aqui no blog. O título do trabalho é A Web 2.0, Educação a Distância e o Conceito de Aprendizagem Colaborativa na Formação de Professores.Todas as imagens que usei na apresentação foram retiradas do blog Ergonomic de Cristóbal Cobo, ou de outros blogs. Esta escolha foi proposital porque ele é um dos maiores defensores do compartilhamento de informações e fiz questão de mostrar esta atitude na prática.Organizei o slideshare intercalando as fotos da minha apresentação. Quem sabe no futuro não vou postar um vídeo em tempo real?
2° Simpósio Hipertexto - Sérgio Abranches
Encontrei também meu amigo Sérgio Abranches, que eu não via já fazia um tempinho. Ele trouxe uma discussão interessante com o título "O que fazer quando recebo um trabalho ctrl c + ctrl v?" Para dizer a verdade, ele parecia ser o único disposto a discutir a questão com um pouco mais de profundidade, indo além do "vigiar e punir". Sem dúvida, esta questão de plágio acadêmico precisa ser repensada nos mais diversos níveis. A questão principal é de quem é a responsabilidade? Como construir uma identidade de autoria em nossos alunos? Uma aluna na platéia fez uma pergunta que foi um soco no fígado dos professores: - E os professores que obrigam seus orientandos a colocar o nome do professor orientador como co-autor nos trabalhos? Também são plagiadores? Esta prática já virou mania nas Universidades. A professora Ângela Dionísio foi taxativa: -Eu sou radical, minha obrigação é orientar o trabalho, mas o resultado é do aluno! Achei ótima a fala dela porque penso a mesma coisa. Que história é essa de obrigar os alunos a nos colocarem como co-autores? Em alguns trabalhos, eu ajudo muito e até posso merecer uma co-autoria, mas isso não é regra, é exceção. Depois da apresentação, colocamos as fofocas em dia e rimos muito. Foi uma pena que eu não tinha mais tempo para ficar em Recife.Estou pensando em cursar uma disciplina no mestrado em Educação Tecnológica da UFPE.Por falar nisso, teremos novidades sobre a próxima seleção que será realizada a partir de outubro. Não percam o blog de Madame Ana que não traz a pessoa amada em três dias, mas tem boas dicas para quem quer estudar.
2° Simpósio Hipertexto - Fernando
Um dos pontos altos do evento foi conhecer o Professor Fernando Pimentel, que eu também conhecia somente através do blog. Ele fez uma bela apresentação junto com Lucinha Serafim (minha colega na UEPB).Eles fizeram uma pesquisa de forma conjunta através da Internet com excelentes resultados. É muito interessante quando encontramos pessoas que só conhecemos virtualmente, materializando o que era somente uma imagem. Fernando é um doce de pessoa, agradável e muito competente. Espero que possamos trabalhar juntos no futuro.
2° Simpósio Hipertexto - Celebridade
Gentem, o que pode ser mais incrível para um blogueiro reles mortal, do que ser reconhecido por seus leitores? Estou me sentindo quase uma celebridade! Quando a professora Cynara da UFAL disse que me conhecia através do blog, eu quase saí flutuando pela janela. Como diz minha amiga blogueira Srta. Bia, me amarrota porque estou passada! Nada como ser elogiada por pessoas de qualidade que conhecem bem o assunto. Para completar o dia feliz, nos encontramos na Livraria Cultura no Recife antigo e tiramos fotos juntas! Mais celebridade que isso, só indo para a Ilha de Caras (mas vamos combinar que o nível acadêmico não ia valer a pena!).
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
2° Simpósio Hipertexto - Parte III
Well, well... Depois de muito nervosismo, transtornos bipolares, e alguns agregados isotônicos (eu acho), tive a oportunidade de assistir uma apresentação impecável da minha orientanda, Graça Barros, no evento. Um desempenho perfeito que mostrou segurança, solidez e, sobretudo, tranqüilidade. Fiquei muito orgulhosa e vejo que com que incentivo e orientação, as pessoas podem crescer e se superar, reescrevendo sua própria história e modificando seus caminhos. Parabéns por mais esta vitória nesta caminhada árdua da vida acadêmica! Ah, sim, e tudo isso porque não vou nem comentar o vestido très chique da madame apresentadora de telejornal. Abalou bangu!
2° Simpósio Hipertexto - Paulo Gileno
Este professor fofo da foto se chama Paulo Gileno, e sua apresentação foi sobre Letramento Informacional e Educação. Ele ficou indignado ao ser apresentado como professor "aposentado" da UFPE. Pelo visto ele trabalha mais agora do que antes, e atualmente coordena um projeto de grande repercussão chamado Um Computador por Aluno. Ele levou o protótipo (bem bonitinho) e disse que 300 escolas serão contempladas nos próximos meses com os portáteis. Todos os alunos destas escolas irão receber o computador e os professores e gestores receberão computadores portáteis convencionais. O programa está estruturado em um grande projeto de avaliação, já que será a primeira experiência de acesso contínuo à Internet nas mãos dos alunos, uma verdadeira imersão tecnológica. O professor ressaltou que a tecnologia é só o começo, é preciso formar professores (cerca de 10 000) e realizar a pesquisa. Ele trouxe aspectos do letramento informacional de Warschauer muito interessantes:
1. É preciso determinar a extensão da informação que se necessita;
2. Acessar a informação de modo eficiente e ético;
3. Avaliar criticamente a informação obtida e suas fontes;
4.Incorporá-la na base pessoal de conhecimentos;
5.Usar a informação de modo efetivo e ético para atingir seus objetivos.
2° Simpósio Hipertexto - Vida Acadêmica
Acabei de chegar agora do 2° Simpósio de Hipertexto e Tecnologias na Educação.Não sei nem por onde começar, mas posso afirmar que valeu muito a pena! Muitos reencontros, novos amigos, trabalhos interessantes, palestras instigantes, enfim, o Professor Xavier fez um excelente trabalho. Só fiquei com pena de não ter encontrado com o Professor Júlio, já que eu tive que voltar hoje (antes do fim do evento).Foi uma correria danada, e só quem participa destes eventos sabe o trabalho para escrever o artigo, preparar a apresentação, resolver questões operacionais e burocráticas. Eu nem comentei aqui, mas fui para o evento ameaçada de ser reprovada por falta em uma das disciplinas que estou cursando este semestre. O PPGE diz aos quatro ventos que precisamos produzir, publicar, participar de eventos e parará pão-duro, mas os professores acreditam que o mais importante é estar presente na aula deles. Se continuar assim, vou acabar mesmo no divã! Sinceramente, participar de um encontro como esse amplia nossa visão de mundo e aponta muitos caminhos para o nosso trabalho.Eu tive muitas idéias só em conversar com as pessoas. Para ser mais didática, vou escrever um post por assunto para facilitar a leitura.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Encontro com Marco Silva
Ontem tivemos uma palestra na UEPB com o Professor Marco Silva, da UERJ, autor de vários livros sobre Educação e Avaliação Online. A palestra fazia parte do encontro dos coordenadores do Projeto Piloto de Administração da UAB. O tema "Sugestões de Qualidade em Educação Online" foi bem apropriado e fora as questões conceituais/semânticas (educação a distância ou educação online, ferramentas ou interfaces), destaco alguns pontos importantes para a nossa reflexão. Em primeiro lugar, a questão do desenho didático dos cursos, uma vez que a estrutura na qual os materiais são apresentados nos ambientes virtuais faz muita diferença na aprendizagem dos alunos. Recentemente, minha orientanda Graça Barros, aluna da especialização em Novas Tecnologias e Educação (UEPB), apresentou os resultados de sua pesquisa sobre interatividade nos ambientes virtuais, e a disciplina destacada pelos alunos como mais interativa era apenas a que estava melhor organizada na perspectiva da educação online. Não existe mistério ou solução mágica, basta estar inserido em uma cultura digital. E, justamente este ponto, foi apontado pelo Professor Marco como um divisor de águas: estar incluído digitalmente não significa necessariamente estar inserido na cibercultura. O conceito de cibercultura é muito mais amplo, e, de certa forma, está relacionado com as e-skills mencionadas por Cristobal Cobo. Outros dois conceitos interessantes abordados na palestra foram a multivocalidade (multiplicidade de pontos de vista) e a hipermídia (como convergência de vários suportes midiáticos abertos para novos links e agregações de várias linguagens). Enfim, boas reflexões que corroboram os caminhos que eu tenho escolhido até agora. Apenas uma divergência: o professor Marco acredita que a utilização do chat seja importante e indispensável, apesar dos professores não gostarem de utilizá-lo com freqüência. Eu não percebo o chat com esta relevância no processo porque não acredito que reproduza um determinado espaço da sala de aula. Talvez possa servir como um dispositivo para outros momentos, mas não o considero apropriado para uma discussão sobre algum tema específico ou conteúdo. Hum...Vou fazer algumas experiências no ambiente virtual de Licenciatura em Geografia e depois conto o resultado.
Ps: Quesito futilidade: definitivamente esta parede rosa do nosso auditório não favorece a beleza e o bom gosto de ninguém...Onde já se viu, uma parede chamar mais atenção do que o palestrante?
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Inutilidades.com
Não me perguntem qual é a utilidade ou como poderemos mudar o mundo com esta informação. Pode ser um processo de esvaziamento da mente ou apenas loucura temporária. O fato é que eu achei a proposta desta ferramenta curiosa, e levada pela curiosidade, visitei o site e escrevi o título do blog.A ferramenta se chama GeoGreeting e garimpa construções no mundo todo que tenha o formato das letras que você digitou. Se você estiver estressado como eu, com um trabalho enorme para entregar e sem inspiração (ou mesmo respiração, diga-se de passagem), dá uma olhada lá.Não serve para nada mesmo, mas afinal, porque tudo o que fazemos na rede tem que ser útil?
Ps: Esta semana foi desesperadora e acabei convivendo com o lado pouco recomendável da natureza humana.Depois de digerir melhor, vou postar algumas reflexões aqui no blog.Mas só depois que eu terminar o trabalho final da disciplina de Adelaide, Zé Neto (gracinha) e Hermida.O título é "Das Máquinas de Ensinar de Skinner à Aprendizagem Colaborativa: Um Outro Olhar Sobre a Tecnologia Educacional". Sim, eu sou pretensiosa, provavelmente não vai dar certo, mas fazer o quê? Como já dizia Paulo Leminski, todos são loucos, mas eu não, eu sou uma gracinha...