Foi publicado o edital para a seleção do mestrado do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica da Universidade Federal de Pernambuco. São 30 vagas distribuídas em três linhas de pesquisa: Didática da Matemática, Educação Tecnológica e Processos de Ensino Aprendizagem em Educação Matemática e Científica. Eu faço parte da linha Educação Tecnológica e pretendo oferecer três vagas em 2013. É possível encontrar informações sobre a linha Educação Tecnológica no site do nosso grupo de pesquisa, o GENTE. A seleção será realizada em quatro etapas: prova de conhecimento, prova de idiomas, defesa do pré-projeto e análise de currículo. O processo seletivo começa em outubro com as inscrições e só terminará em fevereiro de 2013. Haja coração, não é mesmo? As inscrições serão feitas entre os dias 01 e 24 de outubro de 2012, das 09h às 12h e das 14h às 17h na Secretaria do PPGEDUMATEC (1º andar do Centro de Educação - sala 105).
domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
Encontro com Paulo Simões
Conhecer Paulo Simões (Força Aérea - Portugal) foi uma das boas surpresas no 18° CIAED/ABED. Eu já acompanhava Paulo no Twitter e sabia que ele pesquisava os PLEs, mas não conhecia a dimensão de sua pesquisa até assistir as suas apresentações no evento. A abordagem que ele apresentou sobre o conceito e o uso dos PLEs é muito esclarecedora e interessante. A minha percepção sobre o PLE foi ampliada significativamente e as possibilidades de uso são muito mais diversificadas do que eu pensava. Adorei a afirmação incisiva dele: "- Ninguém controla o PLE!". Confesso que depois de conhecer o Paulo Simões, fiquei com muita vontade de passar um tempo em Portugal pesquisando as possíbilidades dos PLEs e MOOCs na EaD. Ele fez várias apresentações ao longo do evento e compartilhou os materiais em seu board. Os vídeos de sua palestra final estão disponíveis na rede em duas partes e eu já facilitei a vida de vocês incorporando os vídeos aqui.
Mesa redonda "Educação e cultura digital nos programas de pós-graduação"
Foi muito bom participar da mesa redonda "Educação e cultura digital nos programas de pós-graduação" com os queridos João Mattar (PUC/SP) e Eliane Schlemmer (UNISINOS). Eu não conhecia a professora Eliane pessoalmente, ela é uma fofa (lindíssima!) e faz um trabalho muito interessante sobre games e mundos virtuais. Ela apresentou as pesquisas que vem realizando na pós-graduação da Unisinos e a produção dos seus orientandos de mestrado e doutorado. Achei o máximo o nome do avatar dela: Violet Ladybird! Na apresentação sobre as ações do grupo de pesquisa no programa de pós-graduação da Unisinos, a professora Eliane avisou que as inscrições para a seleção do mestrado e doutorado estão abertas até o dia 30/11. O meu querido professor João Mattar apresentou a estrutura e as linhas de pesquisa do programa de pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD), da PUC/SP. A linha de pesquisa do Professor João Mattar é Aprendizagem e Semiótica Cognitiva e ele vem pesquisando a interação e aprendizagem em ambientes virtuais. O programa também está com inscrições abertas para a seleção do mestrado e doutorado. As apresentações dos professores durante a mesa redonda provocaram um debate interessante sobre a necessidade de novos modelos e metódos para o desenvolvimento de pesquisas em espaços digitais. Alguns programas flexibilizam mais a estrutura dos trabalhos finais, mas outros ainda seguem a padronização utilizada em todos os cursos, dificultando algumas pesquisas. A conversa sobre o percurso metodológico rendeu bastante e se não fosse o tempo tão escasso, teria ido longe. É bom saber que os colegas e alunos que pesquisam a mesma área também passam pelas mesmas angústias e dificuldades que nós. A minha apresentação abordou as possibilidades de utilização de novas ferramentas na pesquisa sobre as tecnologias digitais. Apresentei alguns exemplos e coloquei algumas questões sobre a necessidade de flexibilizarmos as normas e os procedimentos nas pesquisas, sempre mantendo o rigor metodológico, é claro! Assim como os meus colegas, também aproveitei a oportunidade para avisar que as inscrições para a seleção do mestrado em Educação Matemática e Tecnológica - Edumatec estão abertas. A minha apresentação está disponível logo a seguir. Enjoy it!
Mesa redonda "Dos LMSs aos PLEs, SLEs e MOOCs..."
Assim que terminou a minha apresentação, fui assistir a mesa redonda "Dos LMSs aos PLEs, SLEs e MOOCs: games, mundos virtuais 3D, web 2.0 e redes sociais em educação" com os professores João Mattar (TIDD - PUC-SP e Anhembi Morumbi), Patrícia Scherer Bassani(Feevale) e Paulo Guilherme Domingos Ferreira Simões (Força Aérea - Portugal). Como eu fiquei perdida no mapa do evento, quando eu consegui chegar na sala da mesa redonda, todos os lugares já estavam lotados. Resultado: com ou sem vestidinho de linho em tom neutro, sentei no chão mesmo porque não perderia as palestras de jeito nenhum! As falas foram muito interessantes porque apontaram algumas questões que precisamos pesquisar com mais profundidade e com outro direcionamento teórico. Achei muito interessante a construção do primeiro MOOC (massive open online courses) em língua portuguesa em parceria com universidades brasileiras e portuguesas. Muitas coisas que foram apresentadas na fala dos palestrantes me fizeram refletir sobre os nossos equívocos em relação aos conceitos do PLE. Vou listar as questões que considero mais relevantes:
1.O PLE é um conceito, não é uma ferramenta ou um método específico. É possível criar um PLE a partir de diferentes concepções e organizações.
2. Controlar a aprendizagem em PLE's não é algo possível, o máximo que conseguiremos é acompanhar determinadas atividades. Aliás, aqui cabe uma observação conceitual mesmo: se o PLE tem sua base no "personal" isso já nos remete ao aspecto pessoal de sua estrutura, logo, não permitirá o controle de outra pessoa. Alguém pode imaginar a sua página no Facebook sendo "controlada" por outra pessoa?
3. O PLE pode ser formal ou informal e não existe um contraponto entre ambientes virtuais e o PLEs, pois eles podem estar dentro de um PLE. É velha questão: objetivos diferentes, ferramentas diferentes!
4. Usar as ferramentas das redes sociais para o desenvolvimento da aprendizagem não será sempre mais interessante para todos os alunos. Os resultados da pesquisa do professor João Mattar mostram que os alunos preferem a organização dos ambientes virtuais do que a informalidade do Facebook. Pá! Tapa na cara de quem aposta nas redes para salvar a Educação!
5. Os percursos e estratégias para o uso do PLE ainda precisam de mais registros e estudos. Gostei muito do conversation prism em formato de flor que a professora Patrícia Bassani apresentou.
Ficou com a cabeça cheia de caraminholas e cheio de dúvidas ao ler essa postagem? Ótimo! Era esse o objetivo da mesa redonda e o meu também ao escrever esse texto. Muahahahah!
# Update: a apresentação completa da Professora Patrícia Bassani está disponível neste link.
Mesa redonda "A adoção de tecnologias e a formação docente" no CIAED/ABED
A minha primeira mesa redonda no evento foi sobre a adoção de tecnologias e a formação docente, com os professores Alex Sandro Gomes (UFPE) e José Aires (UFC). A sala estava cheia e os questionamentos do público foram bastante interessantes. Eu fiz a introdução na perspectiva da cultura digital e a necessidade de sua consolidação no âmbito da cultura escolar e na formação docente. O professor Aires apresentou a proposta de formação do UCA (Programa Um Computador por Aluno) nas escolas do Ceará e os resultados obtidos até agora. O professor Alex Sandro abordou as possibilidades de uso das ferramentas disponíveis, especificamente o REDU, no processo de ensino-aprendizagem e na formação docente. Adorei a presença das pessoas queridas que prestigiram a nossa mesa redonda, como Kátia Cilene (UFERSA), Apuena Gomes (UFRN), Ricardo Amorim (UNEB)e Paulo Perris (CIn/UFPE). Encontrei até a professora Aparecida, colega dos meus tempos de trabalho na Escola 24 Horas, no Rio de Janeiro! Momento torta de climão sem citar os nomes dos envolvidos: a pessoa chega atrasada ao compromisso, entra na sala quando todos os palestrantes já estão conduzindo os seus trabalhos, não se identifica e ainda quer manter a prerrogativa de conduzir a atividade com uma postura arrogante! Pena que bateu de frente com um certo pernambuco que é brabo como um cabra da peste. É óbvio que não prestou, né, gente? A minha apresentação está logo a seguir e também é possível acessar através do link. Vamos seguir logo para a próxima postagem que ainda falta contar muita coisa!
# Momento futilidade (porque ninguém é só trabalho e profissionalismo): foto foi tirada pelo querido Paulo Perris, mestrando do CIn/UFPE que conseguiu captar toda a minha fofice com o meu vestidinho de linho em tom neutro. É, cremosas, os clássicos nunca morrem!
Notas sobre o 18° CIAED/ABED
Na última quarta-feira terminou o 18° Congresso Internacional de Educação a Distância - CIAED/ABED e mesmo sendo impossível estar em todos os lugares ao mesmo tempo, vou tentar fazer um recorte do que eu pude acompanhar. Vou dividir o assunto em várias postagens para não tornar a leitura cansativa, começando com um panorama geral do evento. A minha percepção (e a de outras pessoas também) é que não o evento não trouxe nada de inovador sobre o tema, mas penso que a expectativa por novidades sempre foi (e continua sendo) um problema para quem trabalha com EaD. As pessoas querem soluções mágicas, um software, uma metodologia (com receita de bolo no estilo faça você mesmo), um material ou qualquer coisa que confirme a ideia geral de que fazer EaD é fácil. A questão é que quanto mais a EaD se expande em número de alunos, instituições e, consequentemente, pessoas que trabalham na área, mais evidente é que a modalidade exige trabalho árduo, muito estudo e aplicação de ações específicas para cada realidade. A quantidade de pessoas que participam do evento sem conhecer a EaD é preocupante e o desconhecimento fica evidente nas perguntas estilo "vergonha alheia", nas quais o palestrante é pressionado a apresentar uma receita pronta para ser replicada pelo participante em sua instituição. Nenhum modelo, método padronizado ou software vai resolver os problemas relacionados com a aprendizagem e a evasão. Algumas pessoas continuam buscando o Graal da EaD sem perceberem que ele não existe, mas o senso comum insiste no pressuposto - que está nas entrelinhas do discurso da EaD - de que é possível encontrar (e vender) modelos perfeitos para operacionalizar cursos a distância que além de eficazes, serão rentáveis. Um exemplo disso são os "cases de sucesso" no qual as pessoas contam as suas experiências exitosas em EaD (eu entrei em uma das salas com apresentação dos "cases" e quase caí em sono profundo cinco minutos depois do palestrante iniciar a sua fala). Enquanto parte das discussões no evento é dedicada ao canto da sereia, várias questões importantes são discutidas nos espaços que não recebem a mesma atenção. Talvez o que falte ao evento seja exatamente direcionar o foco para as questões menos comerciais da EaD e concentrar os esforços na colaboração e compartilhamento de soluções.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Congresso da ABED
Na próxima semana participarei do 18° Congresso Internacional ABED de Educação a Distância, em São Luis (MA). O tema do evento é "Histórias, analíticas e pensamento aberto:guias para o futuro da EAD". Estarei em duas mesas seguidas, discutindo vários elementos das minhas pesquisas. A primeira mesa será às 14:30h, “A adoção de tecnologias e a formação docente” e estarei na companhia dos professores Alex Sandro Gomes (CIn/UFPE) e José Aires de Castro Filho (UFCE). Logo em seguida, às 18:30h, estarei na mesa “Educação e Cultura Digital nos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu”, com os professores João Mattar (TIDD - PUC-SP / Anhembi Morumbi) e Eliane Schlemmer (UNISINOS- GPe-dU e RICESU). O local e o resumo das mesas estão logo a seguir e vocês podem acessar a programação completa do evento para saber mais. Espero encontrar pessoalmente vários amigos virtuais no evento e continuar desvirtualizando as minhas relações da rede.
Sala 107 S – Centro Pedagógico Paulo Freire - 1° andar MR 06 “A adoção de tecnologias e a formação docente”Historicamente, a adoção de tecnologias no contexto de ensino provoca reações dicotômicas que tencionam promessas utópicas, quase proféticas, com resistências à mudança. No mundo, muitas são as iniciativas tecnológicas de criação e disseminação de dispositivos que permitam acesso a novas formas de ensino e aprendizagem. Mais recentemente, a adoção da plataforma de celulares pelas novas gerações aceleram a participação dos jovens em redes sociais e seu acesso à Internet. Para esses, a busca é estimulada pela necessidade de liberdade de expressão, pela apreço a diversão, pela disponibilidade para colaborar, pela tendência ao escrutínio e apresso à partilha das novas gerações. Os conflitos ‘intramuros’ aparecem quando novos hábitos surgem na cultura no entorno das instituições. Esses parecem mais atraentes para seu público alvo que as vivências estruturas por métodos e técnicas de ensino. Nesta apresentação, organizaremos uma visão ampla sobre o impacto das novas tecnologias na cultura das novas gerações e de que forma as atuais metodologias de ensino parecem dar sinais de terem chegado ao seu limite para lidar com à prática educativa. Estruturaremos debate sobre a evolução dessas práticas de ensino para corresponder aos hábitos dos atores envolvidos.
Ana Beatriz Gomes Carvalho – UFPE
Alex Sandro Gomes – UFPE
José Aires de Castro Filho – UFCE
Mini Auditório 2 – Centro Pedagógico Paulo Freire – Térreo
MR 15 “Educação e Cultura Digital nos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu”
A sociedade atual cada vez mais se constitui e é constituída pelo uso de diferentes Tecnologias Digitais, (TD) em rede, o que tem provocado transformações profundas – na forma de pensar, agir, interagir, se comunicar, aprender, trabalhar e, enfim, de viver e conviver na contemporaneidade. Essas transformações trazem consequências importantes, representando significativos desafios para os processos de ensinar e de aprender, tanto nos contextos formais, quanto nos contextos não formais de educação. Constatações como essas nos instigam a pensar sobre como a Educação e a Cultura Digital, incluindo a modalidade de educação online, tem contribuído para repensar a forma como os processos de ensino e de aprendizagem são desenvolvidos também no âmbito da pós-graduação stricto sensu, bem como a forma como esses professores-pesquisadores em formação, tem se apropriado dessas tecnologias. Assim, considerando os desafios atuais presentes na formação de mestres e doutores para a contemporaneidade, é que propomos essa mesa, que objetiva o compartilhamento de pesquisas e projetos de desenvolvimento e aplicação na área, a fim de fornecer elementos para reflexão e discussão entre os participantes.
Moderação: Eliane Schlemmer - UNISINOS
Ana Beatriz Gomes Carvalho – UFPE
Eliane Schlemmer - UNISINOS- GPe-dU e RICESU
João Mattar – TIDD - PUC-SP / Anhembi Morumbi
domingo, 9 de setembro de 2012
Fim da greve!
Os professores da UFPE decidiram encerrar a greve na última quarta-feira. Segundo o portal da ADUFEPE (Associação dos docentes da UFPE), "A greve em âmbito nacional já não estava mais forte. Natália Barros, que foi delegada da ADUFEPE no Comando Nacional em Brasília entre os dias 15 e 31 de agosto, contou em sua fala que depois de muitas discussões do CNG, o cenário mudou. Após o ANDES-SN protocolar uma contraproposta junto à presidência da república sem avanços, algumas universidades não tinham como manter a paralisação. O CNG encaminhou a necessidade de que as assembleias das bases discutissem a possibilidade de uma decisão unificada de fim da greve. Apesar dessa decisão, os professores não aceitaram o acordo assinado entre Governo e Proifes no dia 3 de agosto. Mas, a maior greve da história da UFPE trouxe saldos positivos. Um resultado desta batalha foi a possibilidade de acesso interno na carreira ao nível de Professor Titular. Eles também conseguiram reajustes entre 25 e 40%, a depender da classe, até 2015". Penso que a greve se estendeu mais do que devia, o quadro não seria diferente se ela tivesse terminado há 20 dias. Agora, é aguardar o novo calendário, correr (e muito!) atrás do prejuízo e esperar que o governo perceba que não é possível investir no desenvolvimento científico do país sem dar condições de trabalho e os salários que a categoria merece. Como foi dito na assembleia, “A greve termina, mas a luta em defesa da carreira docente e melhores condições de trabalho continua”.