sábado, 30 de abril de 2011

Manual do usuário da plataforma Amadeus

A solução do LMS (Learning Management System) para a EaD, no contexto da sociedade informacional, foi desesperadamente procurada por todos aqueles que trabalhavam com a modalidade a distância desde a década de 1970. O LMS era uma espécie de Santo Graal, se fosse possível utilizar um sistema de gerenciamento na EaD, todos os problemas estariam resolvidos! Não preciso nem dizer que não foi o ponto final coisa nenhuma, os problemas só começaram... É evidente que a descoberta de um sistema que permitisse o gerenciamento do processo de aprendizagem dos alunos seria o pulo do gato para os cursos a distância, mas o grande problema é que o foco desses ambientes ainda está no controle e não na aprendizagem. O foco não é o aluno como fim, mas sim o controle que se pode ter sobre o aluno. Como todo instrumento de controle, as plataformas tornaram-se verdadeiros campos de batalha entre os alunos, professores e gestores. As questões mais recorrentes estão relacionadas com a ausência ou pouco aproveitamento dos alunos nos ambientes, que imaginem só, foram criados para facilitar a vida deles! Não é por acaso que as ferramentas da web 2.0 e as redes sociais são muito utilizadas como espaços de aprendizagem não formal, enquanto a maioria dos ambientes não apresenta a participação desejada. Precisamos pensar em novas perspectivas para a estrutura dos ambiente que realmente facilitem a aprendizagem, com foco na mobilidade, na convergência com as redes sociais e, sobretudo, com foco no aluno. Para ajudar quem tem interesse em conhecer a plataforma Amadeus (ou está começando a utilizar), está disponível o manual do usuário mais recente. Eu já falei sobre o ambiente aqui (e aqui também!) e agora vou poder falar mais ainda, pois estou fazendo parte do grupo de pesquisa do Amadeus, convidada pelo Professor Alex Sandro Gomes (um profissional brilhante e um doce de pessoa). Eu espero aprender bastante e contribuir com o grupo para o sucesso do projeto.

domingo, 24 de abril de 2011

Duas indicações de livros

Registro aqui duas leituras interessantes e indispensáveis sobre a pesquisa em tecnologias na educação. A primeira é o e-Book Educação e Tecnologias: Reflexão, Inovação e Práticas, organizado pela Profa Dra Daniela Melaré Vieira Barros, da Universidade Aberta de Portugal. São vinte artigos com as discussões mais recentes sobre as questões relacionadas com a aprendizagem e o uso de tecnologias. O e-Book está disponível para download. Iupi! (gritinhos histéricos de alegria). A outra indicação é o livro Métodos de Pesquisa para a Internet, organizado por Suely Fragoso, Raquel Recuero e Adriana Amaral. Segundo o resumo da editora Sulina, o livro "nasceu da percepção desse contexto e tematiza e exemplifica perspectivas metodológicas específicas a respeito da internet. Além disso, fornece subsídios para estudos sobre outros temas em que a internet desempenhe o papel de lugar ou de instrumento de pesquisa. É um livro construído a partir das próprias experiências de pesquisa empírica das autoras ao longo de anos de estudo e experimentação com diferentes métodos". É um texto imprescindível para mestrandos e doutorandos, mas só está disponível na versão impressa. Ahnnnnn...(murmúrio de desânimo). Na próxima semana vou trazer outras indicações, incluindo um livro que eu ajudei a organizar. Aguardem!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

sábado, 16 de abril de 2011

Luz, câmera e ação!

Eu devo ser uma das poucas pessoas que consegue viver emoções fortes em um emprego público. Todo mundo sabe que a tão almejada estabilidade no emprego vem acompanhada de um tédio profundo em atividades que se repetem continuamente, ad infinitum (que no caso, é a aposentadoria compulsória por causa dos baixos salários da categoria). Comigo tem sido diferente, é uma surpresa por semana e se o meu pobre coraçãozinho aguentar, terei muitas histórias para contar... A última aconteceu ontem, em uma sexta-feira normal de trabalho. Eu tinha aula na parte da tarde, algumas orientações para fazer e trabalhos para colocar em dia. Quando eu estava chegando na Universidade, recebi um telefonema da Ascom (Assessoria de Comunicação Social) da UFPE. Segundo o funcionário, um jornal queria fazer uma matéria sobre o uso das redes sociais na educação e precisavam entrevistar um professor. Alguém me indicou como especialista na área (cof, cof, pelo visto, ando passando tempo demais nas tais redes sociais...) e eles queriam agendar um horário. Depois de perguntar como seria a tal entrevista e a minha interlocutora garantir que eu teria apenas que responder algumas perguntas para o jornal, aceitei a tarefa e marcamos para a parte da tarde. Na hora marcada, a minha sala - que é o maior muquifo do mundo - foi invadida por uma equipe de televisão com jornalista (bonitão), cameraman e técnico de som! Eu pensei que a entrevista seria para um jornal impresso e como vocês podem ver na imagem abaixo, a minha mesa fica em um cantinho cercado por tantas coisas e fios que foi impossível sair correndo... Quando eu percebi que não tinha jeito, dei um suspiro e encarei as feras. Ora, eu estou acostumada com o jornalismo da Globo e pensei que as perguntas não poderiam ser muito difíceis. Provavelmente iam me perguntar se as pessoas ficam viciadas na internet, se os games são nocivos e outras bobagens do tipo. Ledo engano, leitores, o jornalista estava muito bem informado e me colocou em várias saias justas bem interessantes. Um exemplo: Algumas escolas estão usando os slides nas aulas para que os alunos não precisem copiar a matéria, o professor projeta e depois entrega os arquivos para os alunos, mas muitos sequer olham o material. A senhora acha isso positivo ou negativo? Bom, conversamos quase uma hora, não tenho a menor ideia do resultado e nem quero saber. A parte hilária da entrevista foi o pobre cameraman arrumando a bagunça da sala para melhorar o cenário de fundo. Quando terminou a minha provação, saí da sala disposta a esquecer o assunto e fingir que nada tinha acontecido, mas encontrei os meus alunos do mestrado no saguão. - Aí, professora, na televisão! Vai ao ar quando para a gente ver? Ohhhh... Eu mereço!


terça-feira, 12 de abril de 2011

Cursos, textos e eventos

Na disciplina Tópicos em Tecnologias na Educação (EAD) do Edumatec, nós discutimos o design instrucional e alguns alunos se interessaram em fazer um curso sobre o assunto. Pessoalmente, não acho que valha a pena fazer um curso para aprender a formatar cursos tradicionais em ambientes virtuais de aprendizagem, mas o João Mattar está oferecendo um curso interessante chamado Design Instrucional Educacional, através da proposta do Artesanato Educacional. "O curso procura apresentar um modelo de Design Educacional mais flexível e menos rígido do que os modelos tradicionais de Design Instrucional, incorporando elementos de interatividade e design de games". É uma proposta inovadora para discutir os modelos de EAD e as possibilidades de construção de percursos pedagógicos que realmente potencializem a aprendizagem. Na categoria leituras, temos dois textos interessantes: o primeiro é a coleção Didática e Prática de Ensino que traz os textos do XV ENDIPE com um volume sobre Educação a distância e tecnologias da informação e comunicação. A coleção apresenta vários textos interessantes de autores consagrados na área, como Simão Marinho, Vani Kenski, Nelson Pretto etc. O segundo texto (indicação do Sérgio Lima, via twitter) é o artigo Wikis na educação: potencial de criação e limites para produção colaborativa em atividades no Moodle, de Ilse Abegg, Felipe Müller e Sérgio Franco. Sobre os eventos, tenho duas indicações: o IV Encontro Nacional de Hipertexto e Tecnologias Educacionais: hipercomunidade, escola e tecnologias digitais: entre o não ainda e o já passou, que acontecerá nos dias 26 e 27 de setembro , na Universidade de Sorocaba e o ESUD 2011 - VIII Congresso de Ensino Superior a Distância, que será em Ouro Preto, no período de 03 a 07 de outubro. Os dois eventos estão com as inscrições de trabalhos abertas. Ufa, é isso, espero que as indicações valham a pena!

sábado, 9 de abril de 2011

Entrevista com João Mattar sobre games na educação

Mês de março

Fazia tempo que eu não concentrava tantas atividades no mesmo período como foi agora no mês de março. Todas as qualificações dos mestrandos do Edumatec acontecem em março e além da preocupação com os meus alunos, participei de várias bancas. Só a maratona da qualificação já seria o suficiente para me ocupar todas as horas de trabalho da semana, mas isso ainda seria pouco para quem está acostumada com verdadeiros rojões. Não, senhoras e senhores, eu ainda tive que arrumar dois artigos para escrever, iniciar a disciplina do mestrado, apresentar trabalho em um evento e participar da comissão de avaliação da CAPES. Fiquei surpresa com a quantidade de coisas novas que eu aprendi. O interessante é que eu não estou me sentindo fisicamente cansada, mas o cérebro parece que vai derreter... Apesar da minha experiência como professora em cursos de graduação e especialização, as demandas que eu tenho hoje são muito diferentes. É preciso dominar os assuntos da sua área (o que não é fácil quando se trata de tecnologias que mudam rapidamente) e também conhecer os assuntos que estão às margens do seu objeto de estudo. Daí, quando não se sabe, é preciso buscar informações e estudar muito. Claro que tudo seria mais fácil se a nossa carga horária não fosse repleta de aulas, reuniões, representações, orientações etc. Eu pretendia reservar dois dias na semana para a pesquisa, leitura e escrever artigos. Cadê que consigo? Resultado: voltei a trabalhar nos fins de semana e isso é um desastre a médio prazo porque o cansaço se acumula e a produtividade despenca. Durante a minha viagem para Brasília, fiquei pensando nas semanas atribuladas e percebi que é muito fácil se deixar levar pelo tsunami da vida desorganizada, independente do local onde você trabalha. É muito fácil perder o foco, morrer de tanto trabalhar e deixar as coisas importantes de lado. Para se concentrar nas coisas importantes, é preciso fazer escolhas e isso significa dizer não, priorizar os compromissos e direcionar as energias para o que interessa. É a receita dos manuais de "gerencie a sua carreira", mas o que fazer quando tudo parece importante e acontece ao mesmo tempo? Vou tentar colocar algumas medidas em prática a partir da próxima semana. Vai ser o caos total ou a reorganização definitiva da minha vida! Veremos...

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