sábado, 27 de fevereiro de 2010

Passando dos 40

Isso mesmo, hoje é meu aniversário e estou passando dos 40 anos. Já dobrei o cabo da Boa Esperança faz tempo, seja lá o que isso for, mas não posso me queixar. O fato mais significativo que aconteceu comigo ao fazer 40 anos, foi não conseguir ler nada sem óculos. É fato, há dois anos atrás eu conseguia ler um texto e assinar meu nome sem precisar de óculos. Hoje, não consigo ler nada sem eles, e acreditem, é uma limitação bem irritante. Não engordei barbaramente (peso apenas 4 kg a mais de quando eu tinha 30 anos), tenho asma com muito menos crises do que tinha aos 20 anos, ainda não tenho lapsos de memória graves e alcancei uma estabilidade profissional há muito desejada. Pode ser que o fato de ter uma filha de 4 anos não me deixe tempo para me sentir velha e acabada. Eu preciso assistir todos os filmes da Disney (de novo!), conhecer todos os desenhos do Fox Kids, Cartoon, Discovery Kids e Nicklodeon. Juntos! O mais difícil é sentar horas a fio para brincar de Lego, que são desmontados o tempo todo e juntar brinquedos todos os dias. Todos! Afinal, a coluna e as articulações não são mais as mesmas. Envelhecer é muito mais como nos sentimos do que como parecemos. O que realmente me anima é ver as atrizes que estão chegando aos 60 com tanto vigor e animação que posso afirmar que os 60 hoje, são os antigos 40! Não pretendo fazer dezenas de plásticas nem sair por aí com roupas sumárias, mas é um alento perceber que a idade pode ser relativizada em diferentes momentos da sociedade. Só espero manter a lucidez por bastante tempo, se eu começar a falar besteiras e dizer "esqueçam o que eu escrevi", me internem!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Google, eu me rendo...


Eu sempre torci o nariz para os serviços da Google, sem mesmo saber a razão. Sempre achei tudo muito bonitinho e interessante, uso o Gmail, o Blog e o Google como ferramenta de busca, mas nunca encontrava tempo e disposição para explorar os outros serviços. Pois neste verão a minha vida mudou, senhoras e senhores. O uso controlado e cuidadoso que eu fazia das ferramentas Google se tornou uma compulsão. Finalmente, descobri as funcionalidades do Feedburner, E-Reader, Docs, Chrome e Talk (só não uso mais o Orkut porque cansei dele mesmo!). Consegui organizar a minha leitura de blogs, fiz pelo menos dois formulários de pesquisa no Docs, escrevi um texto de forma colaborativa e uso o Talk para trabalhar a distância, sem problemas. O Docs merece registro, eu já tinha visto os formulários que ele apresenta e lido alguns artigos que exploravam o seu uso educacional, mas fiquei surpresa com a facilidade para criar e compartilhar as informações. Talvez seja esse o diferencial das ferramentas, elas não tem como objetivo apenas a criação e o gerenciamento, mas focam o compartilhamento como ponto de partida. Não sei se o Google vai dominar o mundo, o processo que surgiu na Europa e os problemas na China indicam que não. Mas...o que posso dizer? Ok, Google, você venceu! Fui obrigada a me render, mas continuo resistindo ao Buzz. Só para não perder o hábito.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tecnologia e Arte

Quando eu vejo imagens como a Kinetic Sculpture, disponível no museu da BMW em Munique (2008), consigo pensar no futuro como algo muito além de uma simples abstração. A combinação de arte, tecnologia e design, alcança um resultado de deixar qualquer um de boca aberta. Vejam as palavras no fundo do movimento da escultura e aproveitem este incrível espetáculo visual.


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Justiça rejeita a discriminação da EAD

As pessoas sempre falam do preconceito que envolve a EAD, mas sabemos que o foco é no público alvo da modalidade e não as questões relacionadas com a qualidade. Sempre acreditei que a não especificação da modalidade no diploma seria um passo importante para acabar com a diferenciação entre os cursos presenciais e a distância. A única razão para especificar no diploma que o curso foi realizado a distância, é a reprodução de uma hierarquia de qualidade entre os cursos, já que as maiorias das instituições públicas de excelência estão oferecendo cursos a distância atualmente. Ano passado, o Conselho Federal de Biologia aprovou uma resolução absurda: não aceitaria mais os registros dos formados em cursos a distância. O CFB alegou a falta de qualidade dos cursos, mas não me lembro de ter restringido outros péssimos cursos presenciais que existem por aí. Foi uma decisão repleta de preconceito, falta de visão e arrogância para desafiar o próprio MEC. O governo não deixou barato e entrou na justiça alegando a inconstitucionalidade da resolução do CFB. Afinal, se todos os outros conselhos resolvessem ir pelo mesmo caminho, a modalidade estaria desmoralizada e uma política pública importante seria esvaziada. A decisão da justiça foi firme e certeira, vejam só:


A 6ª Vara de Justiça Federal do Distrito Federal deferiu na quinta-feira, 4, liminar para suspender efeitos de resolução do Conselho Federal de Biologia. O conselho proibia o registro de diplomas de ciências biológicas, de biologia e do Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes a que tinham direito estudantes formados em cursos a distância. A juíza federal Maria Cecília de Marco Rocha, em sua decisão, lembrou que a competência para autorizar e reconhecer cursos superiores é da União. Segundo ela, os diplomas de cursos superiores reconhecidos e registrados são válidos — e não apenas os de cursos na modalidade presencial. “A educação à distância tem lastro em lei e não se restringe ao propósito de formar professores para o ensino fundamental e médio”, diz o parecer.A juíza enfatiza também que a proibição do registro é inconstitucional. “É certo que cabe aos conselhos de profissão fiscalizar seu exercício. Contudo, não menos certo é que sua atribuição há de se ater aos limites da Constituição e das leis em sentido formal”, afirma. A decisão judicial defende ainda que, ao constatar deficiências nos cursos, o conselho deveria informar ao Ministério, para que fosse realizada a devida supervisão e, se necessário, o descredenciamento da instituição com oferta inadequada.


É uma decisão histórica e fundamental para garantir que os alunos de EAD não sejam mais vítimas de discriminação em concursos, estágios e ofertas de emprego, já que o precedente de uma decisão judicial foi estabelecido.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Evento Educação em Rede


Nas duas últimas semanas estive envolvida com a organização do evento Educação em Rede: Educomunicação, Educação a Distância e Inclusão Digital, que acontecerá nos dias 24, 25 e 26 de março, na UFPE. O evento é promovido pelo Grupo de Pesquisa em Novas Tecnologias e Educação - GENTE, vinculado ao Centro de Educação da UFPE e ao mestrado em Educação Matemática e Tecnológica (EDUMATEC). Os nossos convidados já confirmados são: Ismar Soares (Educomunicação), Elizabeth Almeida (EAD) e Marco Silva (EAD). Além das mesas redondas, teremos também a defesa de várias dissertações do EDUMATEC sobre os temas tratados no evento. Uma das minhas atribuições foi elaborar o blog para a divulgação do evento, tentando aliar fofice, praticidade e o uso das ferramentas gratuitas disponíveis na web. Gostei do resultado, simplicidade é tudo! A ideia central do evento é fazer uma preparação para um evento maior que será realizado no próximo ano e construir uma rede para discutir o papel dos tutores no nordeste. Para quem está por perto, vale muito a pena participar!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Linguagem, Educação e Tecnologia - LingNet

O III Seminário de Estudos em Linguagem, Educação e Tecnologia (III Seminário LingNet) acontecerá nos dias 27 e 28 de maio, na Faculdade de Letras da UFRJ. O evento é ogranizado pelo núcleo de pesquisas em Linguagem, Educação e Tecnologia do Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O título do evento é 2010: o ano em que faremos contatos - emprestado do título do filme baseado em 2010: Odissey Two, de Arthur C. Clarke, e, por coincidência, eu escrevi um post com o mesmo título em outro blog comentando a chegada do ano novo e a necessidade de realizarmos mais contatos reais e virtuais. Faz um bom tempo que eu admiro o curso de Letras da UFRJ, enquanto eu fazia Geografia na UFF, minha melhor amiga estudava na UFRJ, e sempre me surpreendia com a capacidade de inovação do pessoal de Letras. Claro que tudo isso é apenas coincidência, segundo a minha racionalidade científica, mas vou aproveitar o alinhamento cósmico da Lua Europa de Jupíter para participar. O evento terá uma parte presencial e outra a distância, recebendo até 22/03 propostas para comunicações presenciais e pôsteres eletrônicos que tenham como foco temas alinhados com o campo de Linguagem-Educação-Tecnologia. Na parte presencial, haverá palestras, mesas-redondas, comunicações, sessão de vídeos e cursos. Na parte on-line, haverá pôsteres eletrônicos (com fóruns de discussão), sessão de vídeos, acompanhamento de atividades do evento via perfil no Twitter e cursos (com uso da plataforma Moodle). Estamos definitivamente estreitando as distâncias entre o virtual e o presencial.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Curso de Especialização em Game Design

Os professores e pesquisadores que trabalham com o uso da tecnologia na educação estão sempre apresentando novas propostas de cursos, projetos, linhas de pesquisa etc., mas apenas uma pequena parte do que é proposto consegue ser aprovado. Ainda existe muito preconceito sobre as TIC's em praticamente todas as áreas (Pedagogia, Geografia, Letras etc.) embora nenhum professor-pesquisador sério queira ficar sem o seu notebook ou os programas que facilitam a sua vida. Quando eu li a notícia de que a UNEB está oferecendo o Curso de Especialização em Game Design, tive a certeza que estamos começando a avançar. Em passos de formiga e sem vontade, como a letra da música, mas já é um grande começo. As disciplinas do curso são: Gestão de processos de inovação, Game Design e Game Cultura, Metodologia para Game Design, Game producer, Criação de roteiro para jogo digitais, Metodologia da pesquisa, Engine para Games, Games e Educação, Seminários temáticos, Inteligência artificial para games e Trabalho e conclusão de curso. O curso é oferecido pelos departamentos de Ciências Exatas e da Terra - DCET e o Departamento de Educação do Campus I da UNEB, e financiado através da FAPESB e UNEB.O curso tem o objetivo de qualificar os profissionais que atuam ou tem interesse em atuar na indústria de Games, a indústria de entretenimento que mais cresce no mundo. Serão 25 vagas ofertadas e mais informações sobre o edital e os prazos de inscrição podem ser encontradas no link do Grupo Comunidades Virtuais.

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