O uso de ambientes virtuais de aprendizagem nos cursos a distância tem desafiado a criatividade dos professores para criar estratégias pedagógicas que garantam a aprendizagem do aluno. Embora as dificuldades com o uso de ambientes virtuais sempre perpassem a questão do desenho didático, sabemos que os alunos não encontram qualquer dificuldade ao usar as redes sociais. Exatamente nesse contexto, foi criado a rede educacional Redu, com o objetivo de integrar os aspectos de gestão e controle dos ambientes virtuais com a flexibilidade das redes sociais. Eu gosto muito da funcionalidade do Redu, a navegação é bem intuitiva, o visual é clean, as possibilidade de interação são bastante interessantes, mas você pode conferir isso tudo visitando o ambiente. Nas últimas semanas foi publicado o livro Educar com o Redu, abordando aspectos conceituais e práticos sobre o uso do ambiente Redu como espaço de mediação e aprendizagem. O livro está dividido em sete capítulos e já na introdução encontramos o conceito de softwares sociais no contexto educacional, nos ajudando bastante na construção dos fundamentos para o uso de novas plataformas de aprendizagem. O livro também aborda questões como fenômenos cognitivos, métodos e técnicas de ensino, novas situações de ensino de aprendizagem, processo de aprendizagem e avaliação utilizando o Redu. O livro é organizado pelo Professor Alex Sandro Gomes e está disponível para download gratuito. Respire novos ares e boa leitura!
sábado, 28 de abril de 2012
Educar com o Redu
segunda-feira, 23 de abril de 2012
domingo, 15 de abril de 2012
Notas sobre a inclusão digital nas escolas
A distribuição de laptops e tablets nas escolas vem provocando debates acalorados sobre o sucesso ou fracasso das práticas governamentais para promover a inclusão digital nas escolas. O histórico das políticas públicas de inclusão digital no Brasil indicam ações distribuídas em duas frentes distintas: uma que pretende realizar a inclusão digital em telecentros localizados na periferia das cidades e a outra é a inclusão digital dentro das escolas. A primeira frente apresenta um perfil voltado para a cidadania, com foco no protagonismo juvenil, na diversidade e na produção cultural das comunidades nas quais os telecentros estão inseridos. É o caso dos programas de inclusão digital como os Pontos de Cultura, Estações Digitais, Casa Brasil etc. As ações de fomento da inclusão digital dentro das escolas buscam um objetivo formador, inserindo aspectos do letramento digital nas ações pedagógicas. As duas frentes apresentam objetivos distintos e encontram inúmeras dificuldades em sua própria especificidade. Ambas necessitam de uma análise profunda das suas ações e uma avaliação cuidadosa dos seus erros e acertos, mas o meu interesse aqui é abordar como o público alvo dos programas de inclusão digital tem se apropriado das propostas. Na maior parte dos casos, a apropriação tem sido muito diferente do que foi planejado inicialmente. Os resultados qualitativos tem indicado que apesar da intencionalidade no direcionamento das políticas de inclusão digital - que insistem em orientar o usuário na sua apropriação do equipamento e nos percursos de navegação - as pessoas que participam desses programas tem dado a palavra final. São elas que estão, efetivamente, dizendo o que querem fazer com o acesso à Internet e o uso dos equipamentos disponíveis (câmeras digitais, filmadoras, som etc). Essa reação dos supostamente "excluídos digitais" deveria servir como uma pista importante para o redirecionamento dos projetos de inclusão de digital e, sobretudo, para que possamos pensar a tal inclusão a partir da perspectiva dos que a desejam e a reivindicam. Um exemplo interessante é o Programa Um Computador por Aluno (PROUCA) do governo federal. O PROUCA distribuiu laptops nas escolas públicas e, embora o seu uso pedagógico ainda seja bastante incipiente, o processo de inclusão digital dos alunos aconteceu. As pesquisas iniciais mostram que independente dos professores, das orientações e de qualquer tipo de formação, os alunos rapidamente se apropriaram das ferramentas existentes no laptop e passaram a navegar com bastante propriedade. Para algumas pessoas não é suficiente, já que é preciso qualificar melhor o tipo de inclusão que está acontecendo, mas eu considero que qualquer tipo de inclusão digital é sempre melhor do que nenhuma.