Na dureza que é a vida de doutoranda, estou fazendo algumas disciplinas apenas para contabilizar os créditos e alcançar a incrível marca de 37 créditos exigidos. Quando eu fiz o mestrado no IPPUR/UFRJ, todo mundo comentava que era um dos cursos que exigia um número de créditos absurdo (36 no total), enquanto outros mestrados exigiam 12 créditos para o sujeito concluir. Uma das disciplinas que estou cursando para cumprir a exigência de carga horária é Cidadania e proteção internacional dos direitos humanos, com o professor Fredys Sarto. Para o meu trabalho não acrescenta quase nada, mas para a vida é imprescindível. Começamos com Kant, passamos por Arendt, lemos Marshall e chegaremos em José Murilo de Carvalho e Alaez Corral nas próximas semanas. A turma é bem pequena (exigência do professor), mas o tema é um verdadeiro desafio. Pensar em questões como a origem da nossa cidadania no modelo romano, o direito natural, a inexistência de fronteiras na cidadania e o papel essencial da educação neste processo, tem sido muito enriquecedor. Vou desenvolver meu artigo relacionando a questão do acesso tecnológico na sociedade de informação e a formação da identidade e cidadania. Neste momento, corro um sério risco de acreditar que esta foi a melhor disciplina do curso e a única que não contribuirá em nem uma linha sequer com a minha tese. Vai entender...
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