A Educação a Distância esteve presente em diversos momentos do processo educacional nos últimos séculos, mas sempre esteve relegada a um plano menor, como uma modalidade secundária ou de segunda categoria. Nunca fez parte dos centros de excelência da academia e vários fatores podem explicar esta compreensão, apesar de ser a única alternativa, em vários países, para o prosseguimento dos estudos principalmente por questões geográficas (clima inóspito, dificuldade de transporte, grandes distâncias, localidades isoladas etc.). Segundo Edith Litwin, a institucionalização da educação a distância é relativamente recente, e a autora estabelece a década de 1960 como um marco na superação dos preconceitos em relação à educação a distância, a partir da criação das universidades a distância que competiam com as da modalidade presencial.Quando a EAD (re) surge no cenário da educação brasileira, todos os preconceitos que relacionavam a modalidade com o ensino por correspondência apareceram no centro das discussões sobre o tema. Nos últimos anos alguns resultados nos concursos para professor da rede pública e no ENADE vem subvertendo a lógica de que o aluno da EAD é, por definição, pior do que o aluno do presencial. Encontrei (by Alex Primo, via Twitter) uma notícia interessante sobre o desempenho dos alunos na educação online. Segundo a reportagem do The New York Times, os alunos que fazem uso da educação online apresentam um resultado muito superior aos alunos do presencial. Se os estudos preliminares foram se confirmando ao longo do tempo, podemos ter um cenário bem diferente dentro de poucos anos: alunos da USP fazendo greve porque não querem a educação presencial!
Nenhum comentário:
Postar um comentário