Participei do III Congresso Internacional de Educação no Brasil - CIDEB, em Porto Seguro, na semana passada. O tema foi "Tecnologia Educacional: da tendência à realidade" e o evento contou com a presença de palestrantes renomados como Cristovam Buarque, Pedro Demo, Hamilton Werneck etc. Eu não tinha ideia do tamanho do evento quando fui convidada, todos os dias aconteceram inúmeras atividades com intensa participação dos professores da rede pública dos municípios próximos. A minha palestra foi sobre letramento digital com o título "Letramento digital, autoria e colaboração em rede: perspectivas e desafios para os professores" e como eu prometi para as pessoas que prestigiaram a minha palestra, disponibilizo o material da apresentação aqui. Conheci pessoas muito interessantes durante a minha palestra: professores, alunos, enfermeiras que são mestrandas em Saúde Pública, preocupadíssimas com a Educação (fofíssimas e antenadas, adorei cada uma delas!). Vou fazer um comentário agora que pode incomodar algumas pessoas, mas preciso defender o que acredito: eu fico muito incomodada com o discurso de alguns colegas em eventos para professores. Quando eu preparo um material direcionado ao professor da Educação Básica, eu quero que ele conheça o que estou pesquisando, quais autores estão no cerne da discussão do tema abordado e quais foram os resultados que encontrei. Gosto quando eles falam da sua realidade, do seu cotidiano e das suas percepções. É nesse momento que vejo a relação entre o conhecimento acadêmico e as experiências dos professores dialogarem de forma fluida, com resultados interessantes para os dois lados. Prefiro ser fervida em óleo quente do que apresentar o óbvio, como se o professor não pudesse (ou não quisesse) pensar. Respeito muito os professores da Educação Básica e quando tenho um espaço de interlocução com eles, quero que seja o mais produtivo possível. Quando eu peço afastamento da minha instituição para participar de eventos científicos ou de divulgação científica, os meus alunos são prejudicados, a minha pesquisa e as orientações ficam suspensas e eu não tenho nenhum ganho financeiro com isso. Acredito que faz parte do meu trabalho divulgar as pesquisas acadêmicas e socializar o conhecimento, já ganho o meu salário para isso. Assim, não vou perder o meu tempo e nem o tempo dos outros com superficialidades ou com informações que podem ser adquiridas na Internet ou nas revistas semanais. Por isso mesmo eu agradeço a presença das pessoas que param para me ouvir, seja em sala de aula, seja em uma palestra ou mesmo lendo o meu blog. O resultado das minhas reflexões? Bom, a conversa com as pessoas que estavam presentes na minha palestra e o nível das perguntas e comentários me levam a acreditar que é uma estratégia possível, sim, independente do que os outros possam achar. Enfim, a minha percepção dos eventos para professores é que são sempre espaços perfeitos para troca de ideias, circulação de conhecimento e, sobretudo, uma energia positiva que me faz muito bem!
2 comentários:
Olá!
Me chamo Kimberly, sou pedagoga formada desde 2006, porém atuo na educação, mesmo que de forma informal, desde 2000. ano passado surgiu a oportunidade de entrar no mundo EAD. Tive muitos receios e medos, provenientes de um certo preconceito por não conhecer a fundo o que era.
Hoje sou muito feliz no que faço, sou tutora presencial de um grupo de 53 alunos de pedagogia. Já estou contribuindo para a formação deles nessa nova era digital
Era digital esta que me conquistou e me conquista a cada dia mais! Busco sempre me atualizar nesta área para sempre oferecer o melhor para minhas alunas, e assim poder também trocar o melhor com os meus colegas de profissão.
Um forte abraço.
Kimberly Barbeitos
São Bernardo - SP
Isso é evolução, pois a educação à distância por medias digitais é uma realidade que se estabelece a passos largos, sem volta.
Mário Leite
Estudante de EAD
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