O fim de semana teve trabalho prolongado, depois das atividades no evento em Viana do Castelo, partimos para Ponte de Lima para falar sobre o Cinema e as Novas Tecnologias. O local do evento já era inusitado: a antiga prisão das mulheres foi transformada em um café fofíssimo com uma área no segundo andar para a realização de eventos. O interessante é que ao invés das tradicionais cadeiras enfileiradas, o espaço da plateia é uma espécie de arquibancada de madeira com almofadas confortáveis para as pessoas se esparramarem mesmo. Como diz o Robson Freire, um local de dor e sofrimento foi transformado em um espaço acolhedor para disseminação do conhecimento e reflexão. Adoramos! A conferência foi uma delícia, conseguimos articular conhecimentos e perspectivas diferentes através de ganchos entre as falas de cada um, provocando excelentes intervenções do público. O querido José Ribeiro falou sobre as descobertas determinantes na inovação tecnológica do cinema, como a montagem, até a chegada do digital que possibilita a popularização da produção de vídeos.
Eu falei sobre a relação entre a formação a distância e o uso de filmes nas salas de aula da Educação Básica na perspectiva da cultura digital. Robson Freire abordou o cinema e o ensino de História através das propostas de blogs e o Gabriel Omar Alvarez fez uma bela apresentação sobre a sua experiência em realizar filmes em comunidades indígenas na região amazônica. Fomos muito bem recebido por Catarina, coordenadora local da Universidade Aberta, competente, eficiente e muito simpática. O local do evento fica em frente ao principal ponto turístico da cidade, uma ponte construída pelos romanos em 135 a.c e tem uma história linda: dizem que os soltados de Brutus ao se depararem com a beleza do rio Lima, acreditaram que era o rio do esquecimento. Quem atravessasse o rio, perderia a memória imediatamente.
Para provar aos soldados que não era verdade, Brutus atravessou o rio e do outro lado da margem, chamou os soldados pelo nome, um por um. Atravessamos a ponte e ficamos impressionados com as águas transparentes do rio e a beleza do lugar. Penso que este é o ponto de equilíbrio da alma: trabalho gratificante, compartilhamento, história e uma beleza natural de encher os olhos e a alma!
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