Minha vida esta semana está uma loucura tão grande, que sequer consigo falar sobre isso agora. Semana que vem eu conto os detalhes que envolvem burocracia, peregrinações e muita, muita baixaria... Nos poucos momentos livres, tenho acompanhado a cobertura da WCCE (Conferência Mundial de Computadores na Educação) via Web Rádio Abed.Foi a Suzana Gutierrez que deu a dica e depois de ler como ela estava acompanhando tudo bem quentinha embaixo dos cobertores, fui saber o que estava acontecendo. Um post que chamou a minha atenção era sobre o papel da SEED para formar os professores no uso das tecnologias. A informação é a seguinte: "Alexandre Pedro, da Secretaria de Educação a Distância do MEC, falou hoje na WCCE que a Secretaria de Educação a Distância, preocupada com a infra-estrutura das escolas públicas distribuiu cerca de 400 mil computadores e montou 27 mil laboratórios, esse é um dos primeiros passos, mas preocupa-se também com o acesso a internet, e o Norte, o Nordeste e o centro-oeste oferecem dificuldade de acesso. A SEED preocupa-se também com a formação continuada dos professores, letramento digital de professores e alunos. A idéia é fazer com que os professores se interessem pelos blogs, fotologs e afins e para isso a Secretaria tem fornecido cursos aos professores; a fim de que eles através de cursos busquem relacionar-se com as possibilidades tecnológicas.Os professores da rede pública têm a sua disposição vários cursos a distância para seu aperfeiçoamento continuado, além de extensão e especialização. Até final de 2010 teremos mais de 500 mil professores que passaram por estes cursos, isso sem contar com a UAB, a missão do MEC é não só produzir e promover, mas propiciar aos professores a oportunidade de escolherem o curso que desejem fazer". Bem, se a inclusão digital já é um conceito controverso no âmbito da sociedade informacional, quando pensando no interior da escola, ou a partir dela, a situação assume uma dimensão muito mais complexa. Constantemente encontramos o discurso da resistência do professor ao uso da tecnologia, mas nem mesmo essa resistência é devidamente caracterizada. Se não discutimos como e para que usar as tecnologias, torna-se difícil afirmar que existe resistência dos professores nesta ou naquela direção. Podemos encontrar o controle no uso por parte dos gestores, com suas restrições e imposições de regras de conduta na utilização dos equipamentos e não podemos considerar apenas os computadores nessa situação, mesmo os equipamentos de áudio, vídeo e até mesmo os retroprojetores estão inseridos no mesmo quadro. Por outro lado, afirmar que um professor é resistente porque se recusa a usar o laboratório de informática para ensinar digitação, é reduzir o potencial das tecnologias na educação apenas ao aspecto da usabilidade do equipamento, mesmo que este tipo de atividade não contribua em nada para a inserção dos alunos no universo digital. A tecnologia por si só não produz nada, é o seu uso e sua apropriação, sobretudo, no aspecto ideológico que fará a diferença. Esse conceito é muito bem desenvolvido por Maria Helena Bonilla, definindo o papel dos consumidores e dos produtores no contexto da inclusão digital. Infelizmente, as políticas públicas estão sempre na direção da "formação" e "capacitação" dos professores, nunca na direção da apropriação e consolidação da cultura digital.
3 comentários:
´"Oxente, muié"! Tu ainda tens tempo pra escrever essas coisas? Pensei que só tinhas "oio" pra danada da tese. Ninguém te segura, hein? Dá notícia! Visse?
Bjus
Diva
Fofita,
O que eu escrevi aqui é um pedaço da tese, mas não se engane, terça-feira eu sentei no chão e chorei um bom tempo. Pior do que escrever, é resolver problemas burocráticos na teia intransponível do serviço público. É preciso muita determinação, persistência e fé, principalmente, fé...
Beijos
Ana, respira. Respira fundo e toma impulso. Ânimo e fé!
Um abraço,
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