domingo, 27 de setembro de 2009

First Impressions

O título deste post é o mesmo da primeira versão do meu livro preferido de Jane Austen, depois chamado de Orgulho e Preconceito. Agora eu estou voltando ao normal depois de um período de adaptação no meu novo trabalho. Além de ser professora efetiva, com atribuições bem diferentes de um professor-substituto, o processo burocrático de uma universidade federal é completamente diferente do que eu estava acostumada. Para tomar posse eu precisei realizar uma peregrinação entre inúmeros exames, portarias de exoneração, certidões, avaliação médica etc. Depois de me apresentar ao departamento, fechar o horário foi uma África, a versão inicial foi mudada três vezes! A partir daí, foi só me encontrar nos espaços enormes, preparar os planos de curso, entender o calendário, conhecer os professores, entender o registro de notas, descobrir que eu tenho um tal de Siape, que preciso usar o sistema Siga, enfim, tudo muito tranquilo...E olha que eu fui muito bem recebida, acolhida na sala de Patrícia Smith, Verônica Gitirana e Auxiliadora Padilha (que tem de tudo: computadores, impressoras,datashow, livros de montão...). Já faço parte do grupo de pesquisa GENTE e apresentei uma proposta de pesquisa para receber o enxoval para os doutores recém-contratados (um computador e uma impressora, chique, não?). Antes eu dava aula e estudava nos intervalos, agora é o contrário, as atividades de aula e pesquisa tem o mesmo valor. Os alunos são ótimos e mesmo ficando com disciplinas bem diferentes do que eu estava acostumada, o resultado tem sido muito bom. A estrutura do departamento é um luxo só, fico me sentindo no seriado House e, se der tudo certo, em seis meses vou conseguir compreender a complexa lógica de coordenações de cursos, pró-reitorias, processo de matrícula, equivalência de disciplinas, solicitação de diárias, verba para pesquisa etc. Ufa, rapadura é doce, mas não é mole não!


#Mico do primeiro dia: eu esqueci meu óculos em casa e descobri (um pouco tarde demais) que não enxergo mais nada sem eles desde que fiz quarenta anos. Resultado: eu precisava ler no quadro de avisos o número da sala em que eu iria dar aula. Não consegui enxergar nada e fiquei com vergonha de perguntar para os alunos que passavam nos corredores. Entrei na coordenação e com a maior cara-de-pau do mundo disse que não encontrei o nome da disciplina no quadro e precisava saber o número da sala de aula. Vergonha é pouco para descrever esse singelo momento...

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