Não sei se todos os leitores do meu blog sabem, mas a minha graduação é em Geografia. Durante mais de dois anos eu trabalhei como professora-tutora no curso de especialização em Educação Ambiental no Senac e orientei diversos trabalhos de conclusão na área. Durante a Rio 92, eu fazia mestrado no Fundão e acompanhei de perto os debates e as reivindicações das organizações não governamentais. Na Rio+20, conferência internacional para discutir o desenvolvimento sustentável, a situação não está melhor do ponto de vista ambiental no planeta, mas a conscientização das pessoas avançou de forma que nenhum de nós na época julgava ser possível. Temos uma nova geração hoje que teve a sua formação nos princípios da Educação Ambiental, são jovens que nasceram e cresceram ouvindo falar sobre os perigos da destruição do nosso planeta. É claro que falta muito e não chegamos nem perto do que precisamos, mas se temos tantas pessoas discutindo, brigando e se organizando, é porque alguma coisa deu certo nos últimos vinte anos. Na minha opinião, o maior avanço que temos hoje é a compreensão de que a agenda ambiental não pode ser dissociada da agenda social. Em 1992, predominava a participação das ONG´s com foco na questão ambiental. Hoje, temos diversos grupos e movimentos sociais que também debatem e lutam pela questão ambiental. É um avanço real e significativo (principalmente para quem não aguentava mais a conversa fiada de que os ambientalistas querem salvar baleias, mas não ligam para criancinhas morrendo de fome na África...). Quem não conseguiu estar no Rio para participar das discussões, pode acompanhar o blog da Arena Socioambiental ou assistir os debates e saber da programação. Para quem tem pressa e gosta de ler as informações resumidas em 140 caracteres, o twitter do evento é @ArenaRIO20 e a hashtag é #ArenaRio20. Acompanhar de perto os movimentos dos governantes, organizações, políticos e líderes no evento, é essencial para fundamentar as nossas decisões no futuro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário