domingo, 27 de setembro de 2009

Indicação de Leitura

O livro Cultura Digital.br está disponível para download.Eu tinha reclamado que o livro não estava disponível no formato digital, mas os autores estavam finalizando a revisão (que sempre dá muito trabalho e eu sou muito linguaruda). Segundo um dos autores, "o livro é o nosso caderno de provocações. Pretendemos com esse trabalho estimular a rede a refletir sobre os desafios contemporâneos. A partir de conversas abertas com pensadores de diversas áreas do conhecimento, procuramos mapear as principais questões que circundam a cultura digital. Trata-se da abertura de um diálogo.Geralmente, os projetos publicam livros ao final. Nesse caso, publicamos no começo, para garantir que as ideias circulem, avancem e se conectem". A ideia é bem interessante, não? Outra sugestão de leitura é a coletânea Sala de Aula e Tecnologia um projeto do Núcleo de Tecnologias Aplicadas à Educação – da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), que tinha como objetivo inicial relatar a experiência do núcleo em seu trabalho com tecnologia na educação e, particularmente, com a educação a distância.Com a colaboração de professores de outras IES, o projeto ganhou outra dimensão e "ampliou o campo da experiência à reflexão teórica necessária". Enfim, boas leituras para quem está pesquisando o tema e procura conhecer outras experiências relacionadas com a cultura digital e educação.


# Momento Desabafo: Rá, dizem por aí que este blog não é educativo, mas vai ver que algumas pessoas pensam que educativo é um manual de boas maneiras...

First Impressions

O título deste post é o mesmo da primeira versão do meu livro preferido de Jane Austen, depois chamado de Orgulho e Preconceito. Agora eu estou voltando ao normal depois de um período de adaptação no meu novo trabalho. Além de ser professora efetiva, com atribuições bem diferentes de um professor-substituto, o processo burocrático de uma universidade federal é completamente diferente do que eu estava acostumada. Para tomar posse eu precisei realizar uma peregrinação entre inúmeros exames, portarias de exoneração, certidões, avaliação médica etc. Depois de me apresentar ao departamento, fechar o horário foi uma África, a versão inicial foi mudada três vezes! A partir daí, foi só me encontrar nos espaços enormes, preparar os planos de curso, entender o calendário, conhecer os professores, entender o registro de notas, descobrir que eu tenho um tal de Siape, que preciso usar o sistema Siga, enfim, tudo muito tranquilo...E olha que eu fui muito bem recebida, acolhida na sala de Patrícia Smith, Verônica Gitirana e Auxiliadora Padilha (que tem de tudo: computadores, impressoras,datashow, livros de montão...). Já faço parte do grupo de pesquisa GENTE e apresentei uma proposta de pesquisa para receber o enxoval para os doutores recém-contratados (um computador e uma impressora, chique, não?). Antes eu dava aula e estudava nos intervalos, agora é o contrário, as atividades de aula e pesquisa tem o mesmo valor. Os alunos são ótimos e mesmo ficando com disciplinas bem diferentes do que eu estava acostumada, o resultado tem sido muito bom. A estrutura do departamento é um luxo só, fico me sentindo no seriado House e, se der tudo certo, em seis meses vou conseguir compreender a complexa lógica de coordenações de cursos, pró-reitorias, processo de matrícula, equivalência de disciplinas, solicitação de diárias, verba para pesquisa etc. Ufa, rapadura é doce, mas não é mole não!


#Mico do primeiro dia: eu esqueci meu óculos em casa e descobri (um pouco tarde demais) que não enxergo mais nada sem eles desde que fiz quarenta anos. Resultado: eu precisava ler no quadro de avisos o número da sala em que eu iria dar aula. Não consegui enxergar nada e fiquei com vergonha de perguntar para os alunos que passavam nos corredores. Entrei na coordenação e com a maior cara-de-pau do mundo disse que não encontrei o nome da disciplina no quadro e precisava saber o número da sala de aula. Vergonha é pouco para descrever esse singelo momento...

sábado, 19 de setembro de 2009

O Conceito de Creative Commons

Para quem ainda tem dúvidas sobre o direito autoral e as licenças de uso, encontrei um vídeo bem interessante no blog da Denise Arcoverde sobre o conceito do Creative Commons. É interessante porque o MEC hoje procura saídas jurídicas para utilizar o material que foi produzido para os cursos a distância em várias universidades públicas. São vários problemas: a quantia irrisória para um trabalho insano, o formato de pagamento como bolsas, a especificidade do material (que tem como objeto um público específico e não o uso nacional), a insegurança do autor que escreveu um material para um determinado momento da aprendizagem, enfim, são várias questões que poderiam ter sido resolvidas se a condição para ser autor fosse liberar o conteúdo em Creative Commons. Além de mais elegante, é politicamente correto e faz com que os autores se sintam parte de um processo de construção coletiva do conhecimento. A assinatura de um documento de cessão de direitos sempre passa a impressão para o autor de que ele está sendo usurpado, embora não saiba muito bem onde, como e porque.Diante da dúvida, é mais fácil dizer não, e a lei ampara completamente essa decisão.


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Linguagem em (Dis)curso

A revista Linguagem em (Dis) curso, da Unisul, publicou um número temático com o título Linguagem & Tecnologia: hipertexto, gêneros digitais e ensino. Segundo o professor Júlio Araújo (UFC), os artigos e ensaios reunidos nesse número temático são de autoria de alguns dos convidados do Hipertexto 2007, acontecido na UFC. Eu tenho bastante interesse nas questões relacionadas com o conceito de hipertexto e os gêneros digitais porque eles servem como suporte para as questões relacionadas com a aprendizagem em ambientes virtuais. Compreender os caminhos da leitura através dos links e da concepção hipertextual é uma condição para a construção de reflexões sobre as teorias da aprendizagem no contexto das tecnologias digitais.

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