quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Notas sobre o ICCI (5)

Na parte da tarde, enfrentamos a falta de energia que transformou o auditório em uma sauna sem a parte boa: o cheiro de eucalipto e pessoas de toalha. A professora Zilda Lokoi (USP/Diversitas) que além de ser uma fofa, é uma mulher corajosa, apresentou sua conferência Imagens de imigrantes e de movimentos sociais nas mídias com questões atuais sobre os imigrantes em São Paulo que trabalham em condições análogas ao trabalho escravo. A programação da tarde previa a apresentação paralela dos trabalhos dos participantes com as conferências e, por causa da falta de energia, tivemos que aguardar um pouco porque o calor na parte da tarde nas salas de aula do Centro de Educação é uma mistura do verão senegalês com as florestas do Vietnã. Ficamos tão desesperadas que até cogitamos entregar os certificados dos participantes que estavam presentes sem a apresentação completa, mas quase tivemos um motim porque as pessoas queriam apresentar os seus trabalhos com o tempo integral que estava previsto! Gente, estou cansada de participar de eventos e o que eu mais reclamo é a falta de compromisso das pessoas que vão apresentar seus trabalhos porque todo mundo sempre está com pressa, quer sair mais cedo e ninguém quer ouvir os outros! Esse foi o primeiro evento que vi justamente o inverso: todo mundo querendo ouvir os colegas e apresentar a sua produção. Apesar de estar no olho do furacão que me rendeu uma dor de cabeça fenomenal, fiquei muito orgulhosa com o comprometimento dos participantes e mandamos abrir as salas na hora. Felizmente, em menos de dez minutos a energia voltou e tudo transcorreu tranquilamente, embora a programação tenha ficado atrasada.

Após a apresentação da professora Zilda, tivemos a mesa-redonda Cinema, baralho e post-it: formando espaços de aprendizagem com o professor do CIn, Alex Sandro Gomes (UFPE), Paulo André Silva (UFPE) e Alessandro Lima (UFPE). A discussão foi muito interessante e concluímos a mesa-redonda com muitas perguntas, trocas de experiências e questionamentos. O professor Alex Sandro sempre apresenta questões para virar ao avesso tudo o que conhecemos como líquido e certo e a pesquisa do seu grupo mostrou exatamente como precisamos pensar mais à frente. Logo em seguida, iniciamos as sessões com as apresentações de trabalhos que seriam realizadas no auditório e concluímos as atividades do dia que poderiam ser resumidas em uma só frase: entre mortos e feridos, salvaram-se todos!

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