Terminou ontem o 7º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 3º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias que aconteceu no Recife. Foram dois dias de muitas discussões e aprendizado com a participação de professores e alunos do Edumatec. Fizemos uma mesa redonda com o tema Narrativas Digitais dos Professores da Educação Básica e a dinâmica foi bem interessante: os professores (eu, Thelma Panerai (UFPE) e Glaucia Brito (UFPR)) conduziram a discussão e os orientandos Marlon Mateus e Raphael França apresentaram os resultados das pesquisas. Vários orientandos apresentaram as suas pesquisas nas comunicações individuais. Estou convencida de que a receptividade e as discussões servem como um termômetro que fornece mais segurança e emponderamento aos nossos alunos no árduo caminho da pesquisa.
Observei algumas coisas preocupantes nos trabalhos apresentados e, para as discussões avançarem mais, precisamos superar o discurso de que é preciso inovar na aprendizagem com tecnologias porque "o mundo hoje é globalizado, a tecnologia está em todos os lugares" etc. O ponto de partida não pode ser a demanda do mercado, mas sim a existência de uma cultura digital que precisa ser compreendida, analisada e apropriada. Se não nos apropriarmos das tecnologias e dos espaços digitais de forma estratégica e crítica, seremos sempre consumidores de produtos digitais e acreditaremos que as tecnologias vão salvar a Educação. Sinto muito, mas não vão.
Foi muito bom reunir os nossos orientandos e alunos em torno de discussões tão importantes e observar o quanto eles amadurecem nesses momentos, apesar do frio na barriga em alguns e do enorme esforço de outros (financeiro, operacional e emocional) para participar do evento. Pokémon, podcast no ensino de História, tecnologia no ensino de idiomas, robótica nas escolas, políticas públicas para o uso de tecnologia, narrativas digitais e transmidáticas, foram alguns dos temas que levamos para discussão no evento. Conseguimos consolidar as ações do nosso grupo de pesquisa Mídias Digitais e Mediações Interculturais com muito orgulho e gratidão aos meus queridos e queridas: Nadine Rodrigues, Heitor Silva, Josivânia Freitas, Dagmar Bley, Eber Gustavo, Ana Luiza Andrade, Raphael França, Adson Alves, Juliana Alves e Paulo André, todos do Edumatec. Agradeço também aos queridos Glaucia Brito e Marlon Mateus (UFPR) que colaboraram com o nosso grupo de pesquisa e ao Xavier (UFPE) que organizou esse evento lindo!
Um comentário:
Só quero informar que estava procurando um citação para fechar um capítulo da tese e você escreveu o que eu simplesmente precisava:
O ponto de partida não pode ser a demanda do mercado, mas sim a existência de uma cultura digital que precisa ser compreendida, analisada e apropriada. Se não nos apropriarmos das tecnologias e dos espaços digitais de forma estratégica e crítica, seremos sempre consumidores de produtos digitais e acreditaremos que as tecnologias vão salvar a Educação. Sinto muito, mas não vão(CARVALHO,2017).
Avise a minha orientadora que não vou tirar do capítulo, por favor <3 <3
Gratíssima, querida!
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