Vou começar essa postagem com algo que vocês já sabem, mas que ficou mais evidente em 2021: o mundo não dá voltas, ele capota! Eu sempre tive muita dificuldade para aprender Matemática e sofri durante todo o Ensino Fundamental e Médio. Fiz a escolha por um curso de graduação na área de humanas e adivinhem? O curso de Geografia, classificado na área de Humanas, é o que mais tem conteúdos de Exatas! Décadas depois de concluir a graduação, ingressei como professora na pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica. A minha linha é Educação Tecnológica, mas as interfaces com a Matemática são inevitáveis, já tive (e tenho) muitos orientandos que são professores de Matemática. A culminância dessas interfaces foi materializada agora na produção de um capítulo para o livro Se 18 > 2, então 48,18 > 48,2?
O livro foi organizado por Cristiane Azevêdo dos Santos Pessoa, Rosinalda Aurora de Melo Teles, André Pereira da Costa e Luciana Ferreira dos Santos. Segundo a sinopse do livro, "os textos incluem, além de outros temas, análise de erros, análise de livros didáticos, relato de experiências de ensino, análise de conhecimentos de professores sobre números, análise de conhecimentos de estudantes, análise de documentos curriculares. Os campos de pesquisa são diversos, em diferentes etapas da escolarização, e os participantes são desde crianças pequenas até adultos. Além disso, destacam-se pelo rigor na realização de uma pesquisa acadêmica e a utilização de diferentes teorias para dar suporte às análises".
A minha contribuição está na coautoria com Nadine Rodrigues e Cristiane Pessoa do capítulo "Pokémon e educação matemática: um estudo sob a perspectiva das estruturas aditivas e multiplicativas". Nadine foi minha orientanda de mestrado e fez um trabalho lindo e inspirador, coorientado por Cristiane Pessoa. A produção é resultado de uma disciplina ofertada na pós-graduação. O livro tem uma estrutura muito interessante apresentando crônicas que relatam as dificuldades das crianças com os números. "Para separar cada uma das partes, são apresentadas algumas pequenas crônicas, que contam situações vividas pelos autores com adultos ou com crianças em processo de descoberta dos números. São filhos, irmãos, sobrinhos, vizinhos que, em situações cotidianas, explicitam formas de pensar sobre os números, na fase de desenvolvimento que estava passando no momento em que ocorreu o fato contado". O livro foi publicado como e-book e está disponível gratuitamente para download na editora da UFPE. Boa leitura!
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