Esta semana está acontecendo em Campina Grande, o Encontro Nacional dos Estudantes de Computação. O evento está sendo organizado pelos alunos de Computação da UEPB e fiquei muito orgulhosa do trabalho dos meus alunos no evento.Fui convidada para participar da mesa sobre Educação e os temas para debate eram o Reuni, o Enade e a Educação a Distância. O movimento estudantil é contra a Educação a Distância porque acredita que o governo desenvolve este programa para baratear o ensino superior. Na minha exposição, fiz questão de deixar claro os aspectos positivos e os negativos da Educação a Distância enquanto política pública, sem tentar mudar a opinião de ninguém.O grupo é muito interessante, mobilizado e disposto a organizar suas estratégias de forma séria e responsável. Agora, o que realmente me espantou, é que o movimento estudantil, por não aceitar a Educação a Distância, tem como política ignorar completamente os alunos da EAD. Neste aspecto, fui bastante contundente, porque os alunos de EAD tem os mesmos direitos e deveres do aluno presencial, com direito a voz e voto. Seria a mesma coisa que ser contrário ao sistema de cotas rechaçando os alunos cotistas. Todo movimento social está estabelecido nos pilares da inclusão e da defesa dos direitos das minorias. Se não o faz na sua base, como justificar as demais ações como legítimas? Por isso tudo, foi muito bom participar da discussão e ter espaço para mostrar um outro aspecto da questão.
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