Esta semana, depois de duas noites sem dormir por conta dos horários nos vôos de JPA/BSB (imagino que uma homenagem sarcástica das companhias aéreas ao local onde o sol nasce primeiro...), tive algumas idéias muito interessante sobre a minha tese. A professora Edna Brennand - ah, vocês não sabiam? Ela é minha professora no PPGE - andou me enlouquecendo na sua disciplina Seminários dos Estudos Culturais, que objetivamente pretende construir as bases epistemológicas das nossas dissertações e teses. Apresentamos a estrutura de nossos trabalhos, e, infelizmente, ela não conseguiu encontrar meu objeto, meu foco e minhas bases epistemológicas em nenhuma das minhas propostas. Como boa aprendiz de Chapolim Colorado (não contavam com minha astúcia) e brasileira da gema (não desisto nunca), fiquei empacada nas últimas semanas em crise acadêmico-existencial-culturalista, até que consegui vislumbrar a minha estrutura. Sim, eu acredito na inspiração como ponto de partida e no trabalho árduo para a realização.Todos nós temos nossos lampejos de genialidade, mas confesso que o meu foi provocado pelo meu ego abalado. Eu estou realmente apaixonada pelo meu trabalho, mas não estava encontrando sustentação sequer para defendê-lo. Com fôlego renovado, começo a escrever o meu capítulo de metodologia que servirá como trabalho final da disciplina. Mais uma vez, assim como no mestrado, saio do óbvio com a dificuldade de estruturar uma metodologia muito mais complexa do que no mestrado, já que estou trabalhando com a perspectiva dos Estudos Culturais.Vamos ver onde isso vai dar, pois pretendo me qualificar em março (exatamente um ano após o ingresso no doutorado).
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As pessoas me perguntam com consigo dar conta de tantas coisas ao mesmo tempo, mas o fato é que só está sendo possível conciliar o trabalho com o doutorado, porque eu coordeno o pró-licenciatura (meu objeto de estudo), dou aula da disciplina Educação a Distância e todos os trabalhos que oriento estão relacionados com o assunto. Resumindo, tudo que eu faço hoje, todas as minhas atribuições perpassam meu objeto de estudo no doutorado. Se eu coordenasse um curso diferente e assumisse disciplinas fora do foco de estudo, estaria mesmo em palpos de aranhas (como dizia minha avó). O risco que eu corro hoje é ficar uma pessoa de um assunto só, e acabar enjoando da EAD de forma definitiva. Mas que fique registrado: isso só pode acontecer depois que eu concluir meu trabalho e passar em algum concurso. Só depois eu posso virar uma monja budista ou ficar correndo pelada em alguma comunidade alternativa vegetariana. Até lá, tome as novas tecnologias!
2 comentários:
Carissima que saudade de vc. Putz que perrengue ésse? A professora citada realmente consegue deixar todos em povorosa. Como diria a filosofa Narcisa Tamborideguy Ai que loucura. Vai lá essa semana de deixa ela doida tb. Esses nossos professores são de matar. Mas eu sei que vc vai dar um jeito. Grande abraço
Querido,
Só com muuuuiiitttoo tempo para contar todas as mazelas...Precisamos colocar os assuntos em dia.Finalmente consegui estruturar meu trabalho, agora é escrever até os miolos derreterem!
Beijos,
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