
Eu li várias vezes um livro chamado Papai Pernilongo na minha adolescência e o primeiro capítulo do livro (na minha tradução), chama-se Quarta-feira Deprimente. Lembrei deste livro esta semana, porque entre tantas atribuições, fui obrigada a fazer novamente o processo de seleção para professor-substituto da Universidade. Foi deprimente mesmo, eu nem tive ânimo para comentar o assunto aqui no blog. Por uma série de razões que não vale a pena discutir (ou tentar entender), os contratos de substituto não são renovados automaticamente, é necessário um novo processo de seleção para validação. Desde que eu cheguei aqui na Paraíba, não houve ainda um concurso público para professor que eu pudesse me enquadrar nas especificações. O mais próximo foi na UFCG de Cajazeiras, e como eu não estou disposta a mudar de cidade mais uma vez, não fiquei interessada. Fui a única inscrita (penso que os outros são mais sábios que eu), mas o processo com um ou cinqüenta é o mesmo, passei horas tirando cópias dos documentos, toda a quarta-feira preparando aula e fiz a prova didática na quinta. O sorteio do ponto foi interessante, a Educação a Distância no Contexto Histórico e Social. Fiquei pensando, depois de quatro semestres dando aula da mesma disciplina, se eu tivesse feito uma aula ruim, era mesmo para sair de cena espancada com um martelinho de borracha. Fui aprovada, mas o que mais me estressou nesta história toda é que eu estava orientando vários alunos da graduação que confiaram no meu trabalho e contavam comigo. Já pensou se eu sou reprovada? Ahhhhhhhhhhhhhhhhh!!! A parte cômica da situação foi uma das professoras da banca que quando me viu, exclamou surpresa: - Ué... eu jurava que você era professora efetiva! Minha resposta imediata: - Eu também, professora, eu também...