Ontem tivemos uma palestra na UEPB com o Professor Marco Silva, da UERJ, autor de vários livros sobre Educação e Avaliação Online. A palestra fazia parte do encontro dos coordenadores do Projeto Piloto de Administração da UAB. O tema "Sugestões de Qualidade em Educação Online" foi bem apropriado e fora as questões conceituais/semânticas (educação a distância ou educação online, ferramentas ou interfaces), destaco alguns pontos importantes para a nossa reflexão. Em primeiro lugar, a questão do desenho didático dos cursos, uma vez que a estrutura na qual os materiais são apresentados nos ambientes virtuais faz muita diferença na aprendizagem dos alunos. Recentemente, minha orientanda Graça Barros, aluna da especialização em Novas Tecnologias e Educação (UEPB), apresentou os resultados de sua pesquisa sobre interatividade nos ambientes virtuais, e a disciplina destacada pelos alunos como mais interativa era apenas a que estava melhor organizada na perspectiva da educação online. Não existe mistério ou solução mágica, basta estar inserido em uma cultura digital. E, justamente este ponto, foi apontado pelo Professor Marco como um divisor de águas: estar incluído digitalmente não significa necessariamente estar inserido na cibercultura. O conceito de cibercultura é muito mais amplo, e, de certa forma, está relacionado com as e-skills mencionadas por Cristobal Cobo. Outros dois conceitos interessantes abordados na palestra foram a multivocalidade (multiplicidade de pontos de vista) e a hipermídia (como convergência de vários suportes midiáticos abertos para novos links e agregações de várias linguagens). Enfim, boas reflexões que corroboram os caminhos que eu tenho escolhido até agora. Apenas uma divergência: o professor Marco acredita que a utilização do chat seja importante e indispensável, apesar dos professores não gostarem de utilizá-lo com freqüência. Eu não percebo o chat com esta relevância no processo porque não acredito que reproduza um determinado espaço da sala de aula. Talvez possa servir como um dispositivo para outros momentos, mas não o considero apropriado para uma discussão sobre algum tema específico ou conteúdo. Hum...Vou fazer algumas experiências no ambiente virtual de Licenciatura em Geografia e depois conto o resultado.
Ps: Quesito futilidade: definitivamente esta parede rosa do nosso auditório não favorece a beleza e o bom gosto de ninguém...Onde já se viu, uma parede chamar mais atenção do que o palestrante?
3 comentários:
Ana, que boas reflexões!
Estou tendo a oportunidade de refletir com Marco Silva num curso piloto que ele está desenvolvendo com 13 PPGE do Brasil (e Portugal).
Estas questões de terminologia (e semântica) precisam ser aprofundadas para que não tenhamos problemas e dúvidas quando estamos professorando cursos online.
Quanto ao chat... estou tendo a oportunidade de (em dois cursos online) realizar bons debates e boas atividades por meio desta interface. O que precisamos é nos apropriar da didática desta interface e construir com nossos alunos como será realizado o chat. Depende muito da intencionalidade pedagógica. E tem algumas dicas... Como um plano daquilo que se deseja discutir, da distribuição do texto que vai ser analisado com alguns dias para que os alunos possam ler, etc.
Mas fiquei com inveja de você. Queria ter me encontrado com Marco, só estamos nos falando via Skype e e-mail.
E esta parede rosa? estava em promoção? kkk.
Um abraço, Fernando Pmentel
ps.: Você vai ao simpósio Hipertexto na UFPE? Estarei lá apresentando um artigo com Lucinha Serafim.
Fernando,
Que bom, vamos nos conhecer finalmente, eu tb vou apresentar um trabalho sobre a web 2.0. Vou ver os horários na programação para prestigiar vocês. Puxa, precisamos nos organizar, tem tanta coisa boa que podemos fazer juntos. Lucinha trabalha comigo, podemos intensificar a pesquisa em conjunto.
Abraços,
Fernando,
Acabei de olhar a programação e estaremos na mesma sala! Nos vemos na quinta.
Abraços,
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