Eu gosto muito do conceito da pós-modernidade, usei o Harvey na minha dissertação de mestrado e continuei na mesma linha no doutorado, embora não houvesse espaço para aprofundar a questão. Sim, eu sei o que os críticos dizem a respeito do pós-moderno, conheço as limitações e argumentações, mas a ideia da pós-modernidade me agrada (os percursos acadêmicos também deveriam deixar espaço para as necessidades pessoais). Por esta razão, me identifiquei muito com o discurso na entrevista da Ivana Bentes (UFRJ), sobre a pós-mídia. Ela diz que o que caracteriza a era pós-mídia de massa são justamente as práticas descentralizadas de comunicação. A Internet é esse lugar de desconfiguração. No meu mestrado (1997), trabalhei as questões relacionadas com a fragmentação e reestruturação no trabalho e no território, com foco no surgimento da acumulação flexível. Assim, eu me sinto muito à vontade com a ideia de descentralização e fragmentação nas relações de poder que dominam (e produzem) a informação, e acho particularmente interessante o conceito de capitalismo cognitivo. Na entrevista ela estabelece uma relação, embora não linear, entre as novas configurações territoriais e o próprio território livre da Internet. Fiquei pensando nas possibilidades de agregar o conceito de redes sociais com as questões da construção de identidades e a cidadania no mundo globalizado. Estou finalizando um artigo para o livro do Professor Fredys Sorto, intitulado "Cidadania, proteção e afirmação dos direitos humanos", tentando relacionar alguns pressupostos dos Estudos Culturais com a questão da cidadania no contexto de uma sociedade globalizada e informacional.O problema é que quanto mais eu leio e escrevo, mais perguntas e caraminholas surgem na minha cabeça. Leia a entrevista e fique cheio de caraminholas você também...
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