terça-feira, 27 de maio de 2008

Minha Reitora, Marlene "Obama" Luna

Amanhã teremos eleição para a reitoria da UEPB.O título deste post é uma referência ao processo eleitoral americano, com uma mulher e um negro na disputa. Aproveitando o embalo da campanha, vou usar o espaço do blog para refletir um pouco sobre a modernidade tecnológica e a cidadania. Como já comentei aqui, nasci, cresci e vivi no Rio de Janeiro, centro de tudo que é "muderno" e atual neste país. Como megalópole e celeiro de artes, idéias, tendências, etc. paga seu preço com o trânsito infernal, praias poluídas e uma violência sem fim. Estudei na Universidade Federal Fluminense e na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde estão localizados importantes centros de pesquisa como a COPPE, COPPEAD, IPPUR, etc. Todos muito "mudernos". Pois quando cheguei em João Pessoa, há quatro anos atrás, uma mulher estava assumindo como reitora da Universidade Estadual da Paraíba. Ser mulher reitora já é um grande feito, em qualquer Unversidade pública (a da novela não conta, é lógico). Ser reitora de uma Universidade pública na Paraíba, é um fato ainda mais louvável. No interior do Estado então, nem se fala...Com toda a modernidade que eu já tinha vivenciado, precisei viajar bastante para acompanhar de perto as inúmeras lutas da minha reitora paraibana. A primeira e maior delas, é convencer professores, alunos e funcionários que as ações políticas precisam beneficiar a instituição e não pessoas. As pessoas se beneficiam das ações da Instituição de forma coletiva e democrática. Nestes quatro anos, a Universidade mudou de cara, de jeito, de atitude e opinião. Algumas mudanças foram fáceis, outras foram draconianas, e algumas ainda estão por fazer. Espero que nossos alunos dos cursos a distância mostrem que não são apenas números, mas sim voz e expressão nestas eleições. Mais do que os outros, eles precisam mostrar seu peso neste processo democrático como um real instrumento de transformação. O uso da tecnologia pode afastar os alunos do desejo e do calor da participação efetiva, mas a garantia da continuidade da qualidade de nossos cursos depende de exercermos o direito de cidadania que nos foi garantido.

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