Eu devo ser uma das poucas pessoas que consegue viver emoções fortes em um emprego público. Todo mundo sabe que a tão almejada estabilidade no emprego vem acompanhada de um tédio profundo em atividades que se repetem continuamente, ad infinitum (que no caso, é a aposentadoria compulsória por causa dos baixos salários da categoria). Comigo tem sido diferente, é uma surpresa por semana e se o meu pobre coraçãozinho aguentar, terei muitas histórias para contar... A última aconteceu ontem, em uma sexta-feira normal de trabalho. Eu tinha aula na parte da tarde, algumas orientações para fazer e trabalhos para colocar em dia. Quando eu estava chegando na Universidade, recebi um telefonema da Ascom (Assessoria de Comunicação Social) da UFPE. Segundo o funcionário, um jornal queria fazer uma matéria sobre o uso das redes sociais na educação e precisavam entrevistar um professor. Alguém me indicou como especialista na área (cof, cof, pelo visto, ando passando tempo demais nas tais redes sociais...) e eles queriam agendar um horário. Depois de perguntar como seria a tal entrevista e a minha interlocutora garantir que eu teria apenas que responder algumas perguntas para o jornal, aceitei a tarefa e marcamos para a parte da tarde. Na hora marcada, a minha sala - que é o maior muquifo do mundo - foi invadida por uma equipe de televisão com jornalista (bonitão), cameraman e técnico de som! Eu pensei que a entrevista seria para um jornal impresso e como vocês podem ver na imagem abaixo, a minha mesa fica em um cantinho cercado por tantas coisas e fios que foi impossível sair correndo... Quando eu percebi que não tinha jeito, dei um suspiro e encarei as feras. Ora, eu estou acostumada com o jornalismo da Globo e pensei que as perguntas não poderiam ser muito difíceis. Provavelmente iam me perguntar se as pessoas ficam viciadas na internet, se os games são nocivos e outras bobagens do tipo. Ledo engano, leitores, o jornalista estava muito bem informado e me colocou em várias saias justas bem interessantes. Um exemplo: Algumas escolas estão usando os slides nas aulas para que os alunos não precisem copiar a matéria, o professor projeta e depois entrega os arquivos para os alunos, mas muitos sequer olham o material. A senhora acha isso positivo ou negativo? Bom, conversamos quase uma hora, não tenho a menor ideia do resultado e nem quero saber. A parte hilária da entrevista foi o pobre cameraman arrumando a bagunça da sala para melhorar o cenário de fundo. Quando terminou a minha provação, saí da sala disposta a esquecer o assunto e fingir que nada tinha acontecido, mas encontrei os meus alunos do mestrado no saguão. - Aí, professora, na televisão! Vai ao ar quando para a gente ver? Ohhhh... Eu mereço!
12 comentários:
Gente, eu estava na sala quando o momento global aterrizou.
Fazendo o quê?
*O que não seria diferente contemplando as orientações de minha teacher.
Bem, quando vi .........Luz, câmera e ação, corri.
Ana amore, você não precisa de brilho, pois seu brilho é próprio. Embora você não ande procurando os brilhos e os deslumbres da vida. As câmeras vão te levar ao mundo que adoramos.............as redes sociais.....kkkkkkkkkkk
VOCÊ MERECE Minha linda orientadora!!!
Bjos.
Josi,
Ainda bem que você estava lá e viu que é é tudo verdade! kkkkkkkk Eu aumento, mas não invento!
Beijos,
Ana
Eu vi quando eles chegaram, só não sabia que era para entrevistar você.
Olha pra issooooooo!!! Toda trabalhada no áudio-visual. hahaha =) Jájá a gente vai ter que marcar hora com meses de atecedência para ter a honra de falar com a srta. ;)
Beijo
Sthenio,
Acho que não... Ana é mais um "João Mattar" de saias, vai continuar simples e se debruçando sobre as grandes questões da educação, sem afetação... Por isso que sou do fã-clube dela!!
E não é puxa-saquismo não... todo mundo conhece meu "jeitinho" meio franco demais de ser... Rsrsrsrs!
Sthênio e Lúcia,
Só pelo teor do texto que eu escrevi sobre a tal entrevista já dá para ter uma ideia de como eu acho isso tudo importante... Eu me divirto muito com essas histórias, mas como dizia um grande amigo: o que realmente importa é a generosidade com as pessoas.
Beijocas,
Ana
Ana, quando a reportagem sair você avisa pra gente? Espero que tenha link para assistir ao vivo :)
Parabéns.
Olha, Beatriz
depois do que passamos na UFPB, é muito difícil me espantar com alguma coisa, mas me chamou atenção o jornalista se referir a vc como "A senhora"...nada a ver com a cara, a roupa, o humor...
Divulga aí o mico depois...
Muito bem amiga cada vez mais importante agora na grobo kkkk
Gean,
Depois de pagar um King Kong como esse você ainda quer assistir? Eu não quero nem saber do resultado, senão nunca mais vou sair de casa de tanta vergonha! Hahaha!
Beijos,
Ana
Alásia,
Imagina, eu já estou mesmo uma senhorinha... Só falta fazer tricô!
Beijos,
Cris,
Para você ver, só falta acabar em Irajá! Saudades de você, fofo! Precisamos nos encontrar e colocar a conversa em dia.
Beijos
Ah, lembrei: dia desses na UFPB, eu dei um selinho em Cris, tu nem deeu. kkkkkkkk
Da próxima, vou propôr casamento a ele. kkkk
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