Eu tenho observado na rede que os materiais (artigos, livros, postagens, vídeos etc.), sobre o uso das tecnologias na educação tem aumentado em quantidade e qualidade, de forma significativa. Eu não diria que é impossível, mas está muito difícil acompanhar as inúmeras informações sobre o tema, mantendo-se atualizado o tempo todo. Por outro lado, é cansativo observar que ainda proliferam os discursos sobre o fracasso/sucesso das tecnologias com chavões "o professor é resistente, a escola não oferece condições", entre outros comentários dispensáveis. Em outros países, os professores estão se organizando em redes de pesquisa e compartilhamento de informações, cobrando dos governos uma ação voltada para o desenvolvimento de e-competências na educação. Por aqui, observamos vários relatos de escolas que recebem o aparato tecnológico e não conseguem utilizá-lo a favor da educação, seja por questões de logística, falta de informação ou vontade política. Existe uma verdadeira corrida pela inclusão digital, que fez proliferar uma variedade de programas governamentais nas esferas municipal, estadual e federal, sem que ninguém ainda consiga avaliar e extensão e a profundidade destas ações para o letramento digital. Isso não significa que as questões não estejam na pauta do dia para muitos pesquisadores, como podemos perceber analisando as postagens mais recentes em alguns blogs. Cristobal Cobo, apresenta uma idéia interessante, a criação de um concentrador de páginas (hub web - e-competencies.org), para servir como agregador de textos, vídeos, e outros materiais de vários organismos internacionais que tratam da alfabetização no século XXI. A página é parte de uma pesquisa realizada pela universidade de Oxford (bem chique, não?), sobre o desenvolvimento de e-skills, ou e-competências, construindo um repositório para os materiais e para o desenvolvimento da própria pesquisa. Marcos Telles levanta a questão da adoção de um modelo sistêmico para compreender a apropriação de tecnologia por escolas, discutindo a ação de três agentes fundamentais neste processo: direção, alunos e professores. Alex Primo aponta um ângulo diferenciado na discussão, onde o foco é a aprendizagem do aluno, ou seja, mudar a forma de ensinar não é uma opção, é uma necessidade urgente. E para completar, last, but not least, essa humilde blogueria pesquisadora, que foca a sua pesquisa na análise dos Estudos Culturais para compreender a relação entre o professor, a escola e o uso das tecnologias, através da formação de professores na modalidade a Distância. Ou seja, muita coisa para ler e compreender, e nenhum tempo a perder...
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