segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Fim da pesquisa!

Nos últimos dois anos, eu trabalhei desenvolvendo a pesquisa "Letramento Digital, Autoria e Colaboração em Rede: Os Professores da Educação Básica e o Papel das Licenciaturas a Distância na Apropriação das Tecnologias Digitais", financiada pelo CNPq. Não vou relatar os meus momentos de desespero com a burocracia para não parecer mal agradecida ao órgão de fomento, mas quase tive um colapso nervoso no final! Quando eu estava no doutorado, eu tinha como um dos objetivos da pesquisa analisar se a modalidade a distância era um diferencial no processo de apropriação tecnológica e letramento digital dos alunos. Como eu precisei antecipar a finalização do doutorado, não tive tempo para aprofundar a pesquisa. O projeto apresentado ao CNPq é uma continuação da minha tese de doutorado e finalizei a pesquisa no mês passado. Durante o processo, criei um blog para divulgar os resultados que encontrei e tornar as informações acessíveis para qualquer pessoa. Os principais pontos da pesquisa estão publicados no blog, assim como o relatório final. Antes mesmo de conseguir um tempo para respirar e dizer "finito", aprovei outra pesquisa no edital Universal do CNPq: "Perfil, práticas e percursos dos professores da Educação Básica com cultura digital consolidada e ações efetivas de autoria e colaboração em rede". O interessante nessa pesquisa é que parte dos sujeitos são pessoas queridas da rede com trabalhos incríveis que merecem ser analisados com profundidade. Vou continuar com o blog de divulgação da pesquisa e tenho três anos pela frente para tentar contribuir, compartilhar e colaborar com o conhecimento sistematizado sobre o tema.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A rede no Hipertexto2012

Terminou ontem o Simpósio Hipertexto Tecnologias e Educação com uma programação que permitiu muitas discussões interessantes e boas surpresas. Participei da mesa sobre o UCA, com considerações sobre a importância da cultura digital na inserção das tecnologias digitais na escola. Foi muito bom ouvir o relato de experiências dos professores de diversos lugares do país e reencontrar bons amigos virtuais e presenciais (adoro quando essas fronteiras são superadas!). Não consegui participar de tudo que eu gostaria por causa dos horários conflitantes, mas a correria pós-moderna é assim mesmo. Meus alunos e orientandos apresentaram seus trabalhos (foram seis no total) e aproveitaram muito o evento, participando das palestras e tietando os professores. A rede de colaboração não só está formada, agora ela realmente está consolidada!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Hipertexto 2012

Começou hoje o 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: comunidades e aprendizagem em rede, evento que acontece até o dia 15 de novembro no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). "Com mais de mil participantes, de diferentes domínios das Ciências Humanas e Exatas, o Simpósio terá 5 conferências e 430 trabalhos distribuídos entre sessões de comunicação e pôsteres digitais, além de mesas-redondas, lançamentos de livros, exposições e a entrega do Prêmio Artes Digitais e Aplicativos Educacionais". O evento terá a palestra de abertura com o meu querido Professor João Mattar (UAM-Brasil e PUC-SP). "Durante a palestra Parangolé x Batman, o especialista no desenvolvimento de técnicas para dinamizar redes sociais falará sobre como na “desestrutura” do ciberespaço podem ser planejadas estratégias educacionais afinadas com as demandas do século XXI". Vou participar do evento com seis trabalhos de alunos e uma mesa redonda intitulada "PROJETO UCA – UM COMPUTADOR POR ALUNO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES", com os professores Patrícia Smith, Sérgio Abranches e Paulo Gileno (mediador). A mesa redonda será no dia 15, a partir das 13:30h. Depois da maratona em pleno feriadão (de quem foi essa ideia, hein?), vou fazer um resumão aqui. A programação geral está disponível para download.

sábado, 3 de novembro de 2012

Percursos interessantes na disciplina Introdução à EaD

Neste semestre, estou conduzindo a disciplina Introdução à Educação a Distância junto com a querida Professora Thelma Panerai, no PPGEdumatec/UFPE. A turma tem excelentes alunos e estou aproveitando para construir várias situações de análise das práticas que conduzem a modalidade a distância. Já fizemos um experimento sobre o Amadeus e agora estamos testando o uso de espaços de discussão fora dos ambientes virtuais de aprendizagem, para compararmos com as funcionalidades que usamos no nosso ambiente. Estamos usando o projeto de autores convidados do blog Caldeirão de Ideias a partir do meu post "Ambientes virtuais: novos espaços de aprendizagem?" para testarmos espaços de interação mais abertos e não-formais. Os comentários estão começando a bombar e pretendo chegar ao conceito de PLE (Personal Learning Environment) através do nosso experimento. Quem quiser participar, é só interagir lá no blog, vamos ver o que conseguiremos fazer. Resultados em breve aqui no blog ou em uma rede social perto de você!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MOOC EaD

Embora a maior parte da literatura sobre EaD insista na tese de que é necessário um modelo para a modalidade (sistema, software, design, plataforma, estrutura etc), existem várias pessoas que são inquietas e não aceitam a imposição de modelos engessados que prometem solucionar todos os problemas da Educação a Distância no mundo. João Mattar e Paulo Simões são exemplos de pessoas que acreditam na flexibilidade da EAD e a inquietação deles resultou no primeiro MOOC (massive open online courses) em língua portuguesa. O tema é Educação a Distância e o MOOC é apoiado pelo TIDD (Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital) da PUC-SP (Brasil) e pela ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância. Para saber mais sobre o MOOC, é só acessar o blog, ler o manifesto ou participar da atividade no Facebook, a criação de uma timeline colaborativa no Facebook sobre a História da EaD. Eles não escreveram em nenhum lugar ou me disseram diretamente, mas tenho a impressão que a estrutura do MOOC criado por eles perpassa a ideia de um PLE. A foto que eu roubei (ma siamo tutti buona gente) para ilustrar a postagem está no blog do MOOC com uma legenda que faz um trocadilho metido a engraçadinho "o MUUC do MOOC". Prefiro nem comentar e, por favor, não culpem a mensageira. Eu só escrevo aqui! :-)

domingo, 30 de setembro de 2012

Seleção para o mestrado no Edumatec

Foi publicado o edital para a seleção do mestrado do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica da Universidade Federal de Pernambuco. São 30 vagas distribuídas em três linhas de pesquisa: Didática da Matemática, Educação Tecnológica e Processos de Ensino Aprendizagem em Educação Matemática e Científica. Eu faço parte da linha Educação Tecnológica e pretendo oferecer três vagas em 2013. É possível encontrar informações sobre a linha Educação Tecnológica no site do nosso grupo de pesquisa, o GENTE. A seleção será realizada em quatro etapas: prova de conhecimento, prova de idiomas, defesa do pré-projeto e análise de currículo. O processo seletivo começa em outubro com as inscrições e só terminará em fevereiro de 2013. Haja coração, não é mesmo? As inscrições serão feitas entre os dias 01 e 24 de outubro de 2012, das 09h às 12h e das 14h às 17h na Secretaria do PPGEDUMATEC (1º andar do Centro de Educação - sala 105).

sábado, 29 de setembro de 2012

Encontro com Paulo Simões

Conhecer Paulo Simões (Força Aérea - Portugal) foi uma das boas surpresas no 18° CIAED/ABED. Eu já acompanhava Paulo no Twitter e sabia que ele pesquisava os PLEs, mas não conhecia a dimensão de sua pesquisa até assistir as suas apresentações no evento. A abordagem que ele apresentou sobre o conceito e o uso dos PLEs é muito esclarecedora e interessante. A minha percepção sobre o PLE foi ampliada significativamente e as possibilidades de uso são muito mais diversificadas do que eu pensava. Adorei a afirmação incisiva dele: "- Ninguém controla o PLE!". Confesso que depois de conhecer o Paulo Simões, fiquei com muita vontade de passar um tempo em Portugal pesquisando as possíbilidades dos PLEs e MOOCs na EaD. Ele fez várias apresentações ao longo do evento e compartilhou os materiais em seu board. Os vídeos de sua palestra final estão disponíveis na rede em duas partes e eu já facilitei a vida de vocês incorporando os vídeos aqui.

Mesa redonda "Educação e cultura digital nos programas de pós-graduação"

Foi muito bom participar da mesa redonda "Educação e cultura digital nos programas de pós-graduação" com os queridos João Mattar (PUC/SP) e Eliane Schlemmer (UNISINOS). Eu não conhecia a professora Eliane pessoalmente, ela é uma fofa (lindíssima!) e faz um trabalho muito interessante sobre games e mundos virtuais. Ela apresentou as pesquisas que vem realizando na pós-graduação da Unisinos e a produção dos seus orientandos de mestrado e doutorado. Achei o máximo o nome do avatar dela: Violet Ladybird! Na apresentação sobre as ações do grupo de pesquisa no programa de pós-graduação da Unisinos, a professora Eliane avisou que as inscrições para a seleção do mestrado e doutorado estão abertas até o dia 30/11. O meu querido professor João Mattar apresentou a estrutura e as linhas de pesquisa do programa de pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD), da PUC/SP. A linha de pesquisa do Professor João Mattar é Aprendizagem e Semiótica Cognitiva e ele vem pesquisando a interação e aprendizagem em ambientes virtuais. O programa também está com inscrições abertas para a seleção do mestrado e doutorado. As apresentações dos professores durante a mesa redonda provocaram um debate interessante sobre a necessidade de novos modelos e metódos para o desenvolvimento de pesquisas em espaços digitais. Alguns programas flexibilizam mais a estrutura dos trabalhos finais, mas outros ainda seguem a padronização utilizada em todos os cursos, dificultando algumas pesquisas. A conversa sobre o percurso metodológico rendeu bastante e se não fosse o tempo tão escasso, teria ido longe. É bom saber que os colegas e alunos que pesquisam a mesma área também passam pelas mesmas angústias e dificuldades que nós. A minha apresentação abordou as possibilidades de utilização de novas ferramentas na pesquisa sobre as tecnologias digitais. Apresentei alguns exemplos e coloquei algumas questões sobre a necessidade de flexibilizarmos as normas e os procedimentos nas pesquisas, sempre mantendo o rigor metodológico, é claro! Assim como os meus colegas, também aproveitei a oportunidade para avisar que as inscrições para a seleção do mestrado em Educação Matemática e Tecnológica - Edumatec estão abertas. A minha apresentação está disponível logo a seguir. Enjoy it!

Mesa redonda "Dos LMSs aos PLEs, SLEs e MOOCs..."

Assim que terminou a minha apresentação, fui assistir a mesa redonda "Dos LMSs aos PLEs, SLEs e MOOCs: games, mundos virtuais 3D, web 2.0 e redes sociais em educação" com os professores João Mattar (TIDD - PUC-SP e Anhembi Morumbi), Patrícia Scherer Bassani(Feevale) e Paulo Guilherme Domingos Ferreira Simões (Força Aérea - Portugal). Como eu fiquei perdida no mapa do evento, quando eu consegui chegar na sala da mesa redonda, todos os lugares já estavam lotados. Resultado: com ou sem vestidinho de linho em tom neutro, sentei no chão mesmo porque não perderia as palestras de jeito nenhum! As falas foram muito interessantes porque apontaram algumas questões que precisamos pesquisar com mais profundidade e com outro direcionamento teórico. Achei muito interessante a construção do primeiro MOOC (massive open online courses) em língua portuguesa em parceria com universidades brasileiras e portuguesas. Muitas coisas que foram apresentadas na fala dos palestrantes me fizeram refletir sobre os nossos equívocos em relação aos conceitos do PLE. Vou listar as questões que considero mais relevantes:

1.O PLE é um conceito, não é uma ferramenta ou um método específico. É possível criar um PLE a partir de diferentes concepções e organizações.

2. Controlar a aprendizagem em PLE's não é algo possível, o máximo que conseguiremos é acompanhar determinadas atividades. Aliás, aqui cabe uma observação conceitual mesmo: se o PLE tem sua base no "personal" isso já nos remete ao aspecto pessoal de sua estrutura, logo, não permitirá o controle de outra pessoa. Alguém pode imaginar a sua página no Facebook sendo "controlada" por outra pessoa?

3. O PLE pode ser formal ou informal e não existe um contraponto entre ambientes virtuais e o PLEs, pois eles podem estar dentro de um PLE. É velha questão: objetivos diferentes, ferramentas diferentes!

4. Usar as ferramentas das redes sociais para o desenvolvimento da aprendizagem não será sempre mais interessante para todos os alunos. Os resultados da pesquisa do professor João Mattar mostram que os alunos preferem a organização dos ambientes virtuais do que a informalidade do Facebook. Pá! Tapa na cara de quem aposta nas redes para salvar a Educação!

5. Os percursos e estratégias para o uso do PLE ainda precisam de mais registros e estudos. Gostei muito do conversation prism em formato de flor que a professora Patrícia Bassani apresentou.

Ficou com a cabeça cheia de caraminholas e cheio de dúvidas ao ler essa postagem? Ótimo! Era esse o objetivo da mesa redonda e o meu também ao escrever esse texto. Muahahahah!

# Update: a apresentação completa da Professora Patrícia Bassani está disponível neste link.

Mesa redonda "A adoção de tecnologias e a formação docente" no CIAED/ABED

A minha primeira mesa redonda no evento foi sobre a adoção de tecnologias e a formação docente, com os professores Alex Sandro Gomes (UFPE) e José Aires (UFC). A sala estava cheia e os questionamentos do público foram bastante interessantes. Eu fiz a introdução na perspectiva da cultura digital e a necessidade de sua consolidação no âmbito da cultura escolar e na formação docente. O professor Aires apresentou a proposta de formação do UCA (Programa Um Computador por Aluno) nas escolas do Ceará e os resultados obtidos até agora. O professor Alex Sandro abordou as possibilidades de uso das ferramentas disponíveis, especificamente o REDU, no processo de ensino-aprendizagem e na formação docente. Adorei a presença das pessoas queridas que prestigiram a nossa mesa redonda, como Kátia Cilene (UFERSA), Apuena Gomes (UFRN), Ricardo Amorim (UNEB)e Paulo Perris (CIn/UFPE). Encontrei até a professora Aparecida, colega dos meus tempos de trabalho na Escola 24 Horas, no Rio de Janeiro! Momento torta de climão sem citar os nomes dos envolvidos: a pessoa chega atrasada ao compromisso, entra na sala quando todos os palestrantes já estão conduzindo os seus trabalhos, não se identifica e ainda quer manter a prerrogativa de conduzir a atividade com uma postura arrogante! Pena que bateu de frente com um certo pernambuco que é brabo como um cabra da peste. É óbvio que não prestou, né, gente? A minha apresentação está logo a seguir e também é possível acessar através do link. Vamos seguir logo para a próxima postagem que ainda falta contar muita coisa!

# Momento futilidade (porque ninguém é só trabalho e profissionalismo): foto foi tirada pelo querido Paulo Perris, mestrando do CIn/UFPE que conseguiu captar toda a minha fofice com o meu vestidinho de linho em tom neutro. É, cremosas, os clássicos nunca morrem!

Notas sobre o 18° CIAED/ABED

Na última quarta-feira terminou o 18° Congresso Internacional de Educação a Distância - CIAED/ABED e mesmo sendo impossível estar em todos os lugares ao mesmo tempo, vou tentar fazer um recorte do que eu pude acompanhar. Vou dividir o assunto em várias postagens para não tornar a leitura cansativa, começando com um panorama geral do evento. A minha percepção (e a de outras pessoas também) é que não o evento não trouxe nada de inovador sobre o tema, mas penso que a expectativa por novidades sempre foi (e continua sendo) um problema para quem trabalha com EaD. As pessoas querem soluções mágicas, um software, uma metodologia (com receita de bolo no estilo faça você mesmo), um material ou qualquer coisa que confirme a ideia geral de que fazer EaD é fácil. A questão é que quanto mais a EaD se expande em número de alunos, instituições e, consequentemente, pessoas que trabalham na área, mais evidente é que a modalidade exige trabalho árduo, muito estudo e aplicação de ações específicas para cada realidade. A quantidade de pessoas que participam do evento sem conhecer a EaD é preocupante e o desconhecimento fica evidente nas perguntas estilo "vergonha alheia", nas quais o palestrante é pressionado a apresentar uma receita pronta para ser replicada pelo participante em sua instituição. Nenhum modelo, método padronizado ou software vai resolver os problemas relacionados com a aprendizagem e a evasão. Algumas pessoas continuam buscando o Graal da EaD sem perceberem que ele não existe, mas o senso comum insiste no pressuposto - que está nas entrelinhas do discurso da EaD - de que é possível encontrar (e vender) modelos perfeitos para operacionalizar cursos a distância que além de eficazes, serão rentáveis. Um exemplo disso são os "cases de sucesso" no qual as pessoas contam as suas experiências exitosas em EaD (eu entrei em uma das salas com apresentação dos "cases" e quase caí em sono profundo cinco minutos depois do palestrante iniciar a sua fala). Enquanto parte das discussões no evento é dedicada ao canto da sereia, várias questões importantes são discutidas nos espaços que não recebem a mesma atenção. Talvez o que falte ao evento seja exatamente direcionar o foco para as questões menos comerciais da EaD e concentrar os esforços na colaboração e compartilhamento de soluções.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Congresso da ABED

Na próxima semana participarei do 18° Congresso Internacional ABED de Educação a Distância, em São Luis (MA). O tema do evento é "Histórias, analíticas e pensamento aberto:guias para o futuro da EAD". Estarei em duas mesas seguidas, discutindo vários elementos das minhas pesquisas. A primeira mesa será às 14:30h, “A adoção de tecnologias e a formação docente” e estarei na companhia dos professores Alex Sandro Gomes (CIn/UFPE) e José Aires de Castro Filho (UFCE). Logo em seguida, às 18:30h, estarei na mesa “Educação e Cultura Digital nos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu”, com os professores João Mattar (TIDD - PUC-SP / Anhembi Morumbi) e Eliane Schlemmer (UNISINOS- GPe-dU e RICESU). O local e o resumo das mesas estão logo a seguir e vocês podem acessar a programação completa do evento para saber mais. Espero encontrar pessoalmente vários amigos virtuais no evento e continuar desvirtualizando as minhas relações da rede.

Sala 107 S – Centro Pedagógico Paulo Freire - 1° andar MR 06 “A adoção de tecnologias e a formação docente”

Historicamente, a adoção de tecnologias no contexto de ensino provoca reações dicotômicas que tencionam promessas utópicas, quase proféticas, com resistências à mudança. No mundo, muitas são as iniciativas tecnológicas de criação e disseminação de dispositivos que permitam acesso a novas formas de ensino e aprendizagem. Mais recentemente, a adoção da plataforma de celulares pelas novas gerações aceleram a participação dos jovens em redes sociais e seu acesso à Internet. Para esses, a busca é estimulada pela necessidade de liberdade de expressão, pela apreço a diversão, pela disponibilidade para colaborar, pela tendência ao escrutínio e apresso à partilha das novas gerações. Os conflitos ‘intramuros’ aparecem quando novos hábitos surgem na cultura no entorno das instituições. Esses parecem mais atraentes para seu público alvo que as vivências estruturas por métodos e técnicas de ensino. Nesta apresentação, organizaremos uma visão ampla sobre o impacto das novas tecnologias na cultura das novas gerações e de que forma as atuais metodologias de ensino parecem dar sinais de terem chegado ao seu limite para lidar com à prática educativa. Estruturaremos debate sobre a evolução dessas práticas de ensino para corresponder aos hábitos dos atores envolvidos.

Ana Beatriz Gomes Carvalho – UFPE

Alex Sandro Gomes – UFPE

José Aires de Castro Filho – UFCE

Mini Auditório 2 – Centro Pedagógico Paulo Freire – Térreo

MR 15 “Educação e Cultura Digital nos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu”

A sociedade atual cada vez mais se constitui e é constituída pelo uso de diferentes Tecnologias Digitais, (TD) em rede, o que tem provocado transformações profundas – na forma de pensar, agir, interagir, se comunicar, aprender, trabalhar e, enfim, de viver e conviver na contemporaneidade. Essas transformações trazem consequências importantes, representando significativos desafios para os processos de ensinar e de aprender, tanto nos contextos formais, quanto nos contextos não formais de educação. Constatações como essas nos instigam a pensar sobre como a Educação e a Cultura Digital, incluindo a modalidade de educação online, tem contribuído para repensar a forma como os processos de ensino e de aprendizagem são desenvolvidos também no âmbito da pós-graduação stricto sensu, bem como a forma como esses professores-pesquisadores em formação, tem se apropriado dessas tecnologias. Assim, considerando os desafios atuais presentes na formação de mestres e doutores para a contemporaneidade, é que propomos essa mesa, que objetiva o compartilhamento de pesquisas e projetos de desenvolvimento e aplicação na área, a fim de fornecer elementos para reflexão e discussão entre os participantes.

Moderação: Eliane Schlemmer - UNISINOS

Ana Beatriz Gomes Carvalho – UFPE

Eliane Schlemmer - UNISINOS- GPe-dU e RICESU

João Mattar – TIDD - PUC-SP / Anhembi Morumbi

domingo, 9 de setembro de 2012

Fim da greve!

Os professores da UFPE decidiram encerrar a greve na última quarta-feira. Segundo o portal da ADUFEPE (Associação dos docentes da UFPE), "A greve em âmbito nacional já não estava mais forte. Natália Barros, que foi delegada da ADUFEPE no Comando Nacional em Brasília entre os dias 15 e 31 de agosto, contou em sua fala que depois de muitas discussões do CNG, o cenário mudou. Após o ANDES-SN protocolar uma contraproposta junto à presidência da república sem avanços, algumas universidades não tinham como manter a paralisação. O CNG encaminhou a necessidade de que as assembleias das bases discutissem a possibilidade de uma decisão unificada de fim da greve. Apesar dessa decisão, os professores não aceitaram o acordo assinado entre Governo e Proifes no dia 3 de agosto. Mas, a maior greve da história da UFPE trouxe saldos positivos. Um resultado desta batalha foi a possibilidade de acesso interno na carreira ao nível de Professor Titular. Eles também conseguiram reajustes entre 25 e 40%, a depender da classe, até 2015". Penso que a greve se estendeu mais do que devia, o quadro não seria diferente se ela tivesse terminado há 20 dias. Agora, é aguardar o novo calendário, correr (e muito!) atrás do prejuízo e esperar que o governo perceba que não é possível investir no desenvolvimento científico do país sem dar condições de trabalho e os salários que a categoria merece. Como foi dito na assembleia, “A greve termina, mas a luta em defesa da carreira docente e melhores condições de trabalho continua”.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Projeto Caldeirão de Ideias Convida

O resultado da minha pesquisa sobre o uso de tecnologias digitais na formação de professores na modalidade a distância, revelou que ainda existe uma grande dificuldade dos professores em formar redes de colaboração. A dificuldade não está relacionada com o domínio das ferramentas, mas com a forma como os professores se apropriam delas. Agora, quero analisar o outro lado da moeda e estou pesquisando os professores que usam as tecnologias digitais como ferramentas de autoria, colaboração e compartilhamento. Neste contexto, estou acompanhando o Projeto Caldeirão de Ideias Convida, do meu amigo querido, Robson Freire. O projeto é uma tentativa de reunir no blog Caldeirão de Ideias, vários textos de autores que fazem parte de uma rede professores empenhados em compartilhar conhecimento. O blog Caldeirão de Ideias já foi premiado várias vezes no Top Blog/Best Blogs Brasil e a capacidade do autor do blog em agregar pessoas e articular a produção é mesmo impressionante. Vale a pena acompanhar a leitura dos textos dos professores dos diversos níveis de ensino que estão escrevendo no blog e participar com comentários para descobrirmos o poder real do compartilhamento em rede. O texto (imperdível!) da semana é do Professor Jarbas Novelino Barato e é leitura obrigatória para quem quer analisar criticamente o uso das tecnologias em sala de aula. É possível acompanhar a agenda com a programação de publicação dos textos (com o nome dos autores e título das postagens) ou você pode se inscrever no blog para receber as atualizações por e-mail. O blog também está concorrendo ao Prêmio Top Blog 2012 e quem quiser (e gostar) pode votar através do link disponível na página inicial. Precisamos acompanhar de perto o funcionamento de redes para refletirmos sobre as ações de formação e as teorias existentes sobre o uso das tecnologias digitais em sala de aula. Acompanhe de perto e participe!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Novo número da revista Em Teia

Está disponível o último número da revista Em Teia, Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, com artigos na área de Educação Matemática e Tecnológica. A revista é vinculada ao Programa de Pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica, da Universidade Federal de Pernambuco. De acordo com o editorial da revista, "o presente número da Revista EM TEIA vem mostrar de forma clara que a produção de conhecimento nesta área específica se encontra em pleno desenvolvimento, trazendo à luz tanto aspectos inovadores como formas de entendimento da prática educacional neste campo determinado como algo em constante reelaboração. Com textos voltados para aspectos da prática pedagógica, como reflexões sobre modos específicos de entendimento da realidade, este número apresenta artigos que são frutos de pesquisas acadêmicas em diferentes lugares do Brasil". A revista está recebendo novas submissões de artigos para os próximos números. Leia, colabore e divulgue!

sábado, 25 de agosto de 2012

Links das dissertações

Eu fiz várias postagens aqui no blog sobre a defesa das dissertações de mestrado dos meus alunos e várias pessoas me perguntaram sobre o acesso aos trabalhos. A questão é que as minhas postagens sempre são publicadas no mesmo dia da defesa, mas os alunos ainda tem 90 dias para fazer os ajustes finais solicitados pela banca. Finalmente, as dissertações estão disponíveis no site do PPGEdumatec/UFPE, organizadas de acordo com as respectivas linhas de pesquisa e o ano de defesa. Vou comentar as dissertações defendidas em 2012, na linha de pesquisa Educação Tecnológica. A dissertação A Ação Docente na EAD: A Mediação do Tutor entre o Discurso e a Prática, de José Severino da Silva, discute o papel do tutor nos cursos a distância apontando as divergências entre as exigências e funções previstas nos documentos oficiais e a real prática docente dos professores-tutores que atuam de forma ativa no processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa de Dagmar Heil Pofricka, intitulada Inclusão Digital nas Políticas Públicas para Formação de Professores em Pernambuco, apresenta uma análise excelente dos programas de inclusão digital para professores, utilizando o software Atlas TI para análise dos dados. Eu fui a orientadora das duas pesquisas e recomendo também a leitura do trabalho de Adriana Carvalho da Silva, orientada pelo Professor Sérgio Abranches, intitulado Travessia Reflexiva do Silêncio/Diálogo Interior: A Construção do Professor no Contexto da Cibercultura, um ótimo estudo sobre as questões filosóficas do professor na cultura digital. Temos também uma pesquisa interessante e surpreendente sobre o uso da EaD no curso de medicina de Maria Cecília Mendonça, orientada pela Professora Patrícia Smith, intitulada O Uso da Informação para Solução de Casos Clínicos: Investigando uma Rede de Diálogos Presenciais e Virtuais. Também sob orientação da professora Patrícia, temos uma ótima análise realizada por Jurema Ingrid Brito do Carmo sobre o uso do Portal do Professor e suas ferramentas, intitulada Planejamento de Aula no "Espaço da Aula" do Portal do Professor do MEC por Alunos de Pedagogia: Uma Questão de Inclusão Digital Docente. Boa leitura!

sábado, 28 de julho de 2012

O sucesso do GT Educação no Fisl13

Este post deveria ter sido publicado ontem, mas eu fiquei tão envolvida com os meus orientandos e as atividades que não consegui tempo para finalizar o texto. Bom, como diz a minha querida Katylene, faz de conta que o texto foi publicado ontem, escolha a sua distribuição Linux preferida e vem comigo! A primeira observação mais importante diz respeito ao sucesso do GT Educação. As salas onde aconteceram as mesas e as oficinas ficaram cheias e a ideia do espaço Paulo Freire no FISL já pode entrar para o Top 5 das sacadas inteligentes da década! Se alguém me perguntasse sobre a perspectiva do GT, eu teria sido bem pessimista e vou explicar a razão: foi a primeira vez que o GT apresentou uma proposta efetiva de atividades e o público que frequenta o FISL não está necessariamente interessado em discutir o uso do software livre na Educação. Póim! A realidade foi bem diferente, muitos professores participam do FISL e não encontrar uma programação voltada para as discussões sobre a prática do SL na sala de aula devia ser muito frustrante. Ouvimos muitos depoimentos interessantes e tivemos muitas contribuições importantes para o desenvolvimento dos projetos que estão em andamento e outros que ainda serão criados

A cobertura do evento com fotos e matérias está disponível no site do Software Livre.Muitas pessoas trabalharam duro para que o GT Educação fosse um sucesso e quero parabenizar Ana Matte, da UFMG e o seu grupo dedicado do Texto Livre, Frederico Guimarães, um biólogo e professor incrível e para o meu orientando querido, Wilkens Lenon. Foi a garra de todos eles que viabilizou a criação e consolidação do GT Educação no Fisl. Agradeço muito a oportunidade de participar do evento. Agora, é arregaçar as mangas e trabalhar duro para preparar o próximo evento com muito mais atividades e oficinas.

Meus orientandos no Fisl13

Na fluidez das relações pós-modernas já previstas por Bauman, consegui reunir os meus dois orientandos queridos que estavam participando do evento. Lenon é meu orientando do mestrado em Educação Matemática e Tecnológica e está pesquisando sobre o uso do software livre nas escolas públicas no contexto do Programa UCA. Rafaela Melo é minha orientanda de PIBIC e também pesquisa o software livre no contexto do UCA. Rafa está no programa de mobilidade estudantil na UFRGS e tem feito coisas muito interessantes na Universidade. Aproveitei a viagem ao Fisl13 para finalizar a orientação do relatório final de PIBIC que será apresentado no final do ano. Fiquei muito orgulhosa dos meus pupilos competentes e fofos!

Terceiro dia no Fisl13

As discussões do GT Educação na sexta-feira abordaram o papel do professor livre na rede. Na mesa sobre o professor livre na rede, Hugo Canali, Rafael Bergamaschi, Ana Matte e Wilkens Lenon e eu, apresentamos as possibilidades de interação dos professores no Portal do Professor Livre que está sendo construído pelo grupo Texto Livre, da UFMG. Depois das apresentações, a pergunta central da mesa para o público foi: como fazer o professor que está efetivamente em sala de aula se interessar por acessar, compartilhar e colaborar na rede, utilizando o software livre como meio? Nós realmente precisamos superar a falácia do professor resistente e começar a descobrir o que pode motivar os professores para uma aprendizagem na perspectiva da colaboração em rede. O processo de internalização da cultura digital não é homogêneo e não é construído da mesma forma e ao mesmo tempo com todas as pessoas. Respeitar a diversidade e, inclusive, a decisão do professor em não querer se inserir no contexto da cultura digital é uma questão a ser considerada. Na mesa a seguir, Frederico Guimarães, Pablo Jacier Ercheverry e Laura Marotias, apresentaram a LibrEdu: avanços na construção de uma rede latinoamericana de Educação. Entre os objetivos da LibrEdu estão: discutir o acesso à conectividade baseada em padrões e softwares livres; capacitação dos educadores no/para o uso do software livre; estimular a liberação dos materiais produzidos pelos educadores sob uma licença livre; catalogar, agregar, disponibilizar, de forma off-line, recursos educacionais abertos. Eu fico bastante preocupada quando as pessoas afirmam que não existe uma política de governo em relação ao uso da tecnologia na Educação. As políticas estão definidas nos documentos oficiais dos programas, pode não ser a melhor política ou a que nós queremos, mas ela existe. A contribuição dos participantes nas duas mesas foi bastante interessante, reafirmando a necessidade de uma construção coletiva dos objetivos e princípios das ações para disseminação do uso do software livre nos diversos níveis da Educação. Quem quiser conhecer a proposta, a discussão está aberta aqui. Participe!

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