Geração Interativa na Ibero-América: crianças e adolescentes diante das telas, é o resultado de uma pesquisa realizada em sete países da América Latina reunindo a Fundação Telefônica, Educarede e a Universidade de Navarra. É um estudo quantitativo, a metodologia está registrada logo no início da publicação e confesso um pouco de má vontade da minha parte com um estudo patrocinado pela Telefônica. Mesmo assim, reconheço que o relatório apresenta dados interessantes que podem servir como contraponto ou ponto de partida de pesquisas qualitativas sobre o tema. Dois aspectos do estudo são muito interessantes, o primeiro relacionado com a multifuncionalidade das telas para os jovens. A forma deste segmento se relacionar com as telas (da televisão, do computador, do celular etc.) é bem diferente da atitude dos adultos, que costumam compartimentar a funcionalidade (celular é para falar, televisão para divertir etc). O segundo aspecto é a conclusão de que a Internet tira tempo da televisão das crianças e adolescentes, e não de atividades sociais ou educativas como muitas pessoas insistem em afirmar. Aqui cabe uma pergunta incômoda: não é melhor que estes adolescentes fiquem navegando na Internet, principalmente nas suas redes sociais (preferência dos jovens usuários segundo o estudo), do que assistindo novela e reality show na TV? Existem muitas outras informações no estudo como dados sócio-econômicos dos países, o uso de vídeo-games, celulares e outras mídias. Vale a pena analisar os dados...
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